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Acusado de matar Marielle é indiciado por tráfico internacional de armas

O policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco - Marcelo Theobald/Agência O Globo
O policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco Imagem: Marcelo Theobald/Agência O Globo
do UOL

Do UOL, em São Paulo

13/07/2020 11h42Atualizada em 13/07/2020 15h37

Acusado de matar a vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Gomes em 2018, o PM reformado Ronnie Lessa e sua filha foram indiciados pelo crime de de tráfico internacional de armas.

De acordo com o delegado Marcus Amim, da Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos), a acusação baseia-se em um esquema no qual Ronnie Lessa é suspeito de comprar peças de armas da China e enviar para os Estados Unidos, onde a sua filha morava.

"Ela ficava responsável por trocar as embalagens originais, colocando em outras com o título 'peças de metal' para enganar a fiscalização aeroportuária, facilitando a entrada das peças no Brasil", diz a nota da Polícia Civil, que não revelou a identidade da filha de Ronnie Lessa.

O delegado ainda afirma que Ronnie Lessa montava, com as peças, as armas que depois seriam vendidas para narcotraficantes e milicianos.

Lessa foi preso em 12 de março de 2019, junto com o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, que foi acusado de dirigir o carro usado no assassinato de Marielle. Na casa de um amigo do sargento aposentado, policiais civis efetuaram a maior apreensão de fuzis da história do Rio de Janeiro até aquele momento, o que levantou a suspeita de que ele também atuava no ramo de tráfico de armas.

A defesa de Ronnie Lessa e sua filha diz que, até ter acesso aos autos da investigação em caso de denúncia pelo MP, não se pronunciará.

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