Médicos franceses pedem que uso de máscara em locais fechados seja obrigatório
"O vírus continua tentando se propagar por onde ele puder": em uma tribuna publicada no site do jornal francês Le Parisien, um grupo de médicos faz um apelo para que o uso de máscara seja determinado como obrigatório nos locais públicos fechados. Os especialistas se dizem exaustos de "contar mortos" e temem uma segunda onda da Covid-19.
No manifesto publicado no sábado (11), 14 médicos criticam o relaxamento das medidas básicas de proteção contra o coronavírus por parte da população francesa. "Para nós, é grande e compreensível a tentação de retomar uma vida normal, de esquecer o vírus, de aproveitar o verão, as praias, as festas entre amigos e a possibilidade de encontros. Mas, infelizmente, o vírus não nos esqueceu", sublinha o texto.
Entre os signatários da tribuna estão profissionais renomados e que trabalharam intensamente no período mais crítico da epidemia na França, como os infectologistas Eric Caume, Karine Lacombe e Anne-Claude Crémieux, a virologista Christine Rouzioux e o médico dos serviços de emergência Philippe Juvin.
Eles dizem estar conscientes de que o uso de máscara é "desconfortável", mas é eficaz para impedir a propagação do vírus. "Se você não faz por si próprio, faça por seus pais idosos, seu irmão ou irmã hipertenso, ou seus parentes frágeis para quem o vírus pode ser mortal. Não vamos esquecer tão rapidamente de que provavelmente vivemos e atravessamos ainda a maior catástrofe sanitária deste século", sublinham.
Evitar um novo confinamento
O apelo coincide com a constatação cada vez mais frequente das autoridades sobre o desrespeito dos "gestos básicos" contra a Covid-19. Por isso, eles convocam a população a tomar consciência antes que seja "tarde demais para evitar um novo confinamento". "Seria lamentável não utilizar meios eficazes e acessíveis" para frear a epidemia, afirmam os especialistas, que citam o uso de máscara nos locais públicos fechados, o distanciamento físico sempre que possível e a higiene das mãos.
Na sexta-feira (10), início do período típico em que os franceses começam a sair de férias no verão, o primeiro-ministro, Jean Castex, e o ministro da Saúde, Olivier Verán pediram que os franceses se mantenham "vigilantes" e não esqueçam de usar máscara para evitar "uma eventual segunda onda da epidemia". Já a agência Saúde Pública da França afirmou, há três dias, que observa "uma nova tendência do aumento da circulação do vírus SARS-CoV-2" no país, mesmo se ela segue em um "nível baixo".
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