Países concordam em ajudar marinheiros presos em embarcações durante pandemia
Por Jonathan Saul
LONDRES (Reuters) - Uma dúzia de países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Cingapura, concordaram nesta quinta-feira em acelerar os esforços para levar para casa centenas de milhares de marinheiros mercantes que estão no mar há meses por causa do coronavírus.
Cerca de 200 mil deles estão sendo afetados, uma vez que as restrições de viagem tornam quase impossível fazer rodízios nas tripulações, de acordo com a Organização Marítima Internacional (OMI). Muitos estão embarcados há mais tempo do que o limite de 11 meses determinado em uma convenção trabalhista marítima.
Autoridades da indústria de navegação dizem que muitos marinheiros estão perto do colapso emocional, uma situação que a Organização das Nações Unidas (ONU) descreveu como uma "crise humanitária". Instituições de caridade marítimas alertaram para um aumento de suicídios.
Em uma cúpula virtual realizada pelo Reino Unido, representantes de Dinamarca, Alemanha, Grécia, Indonésia, Holanda, Noruega, Filipinas, Arábia Saudita, Cingapura, Emirados Árabes Unidos e EUA concordaram em abrir fronteiras estrangeiras aos marinheiros e aumentar o número de voos comerciais para agilizar os esforços de repatriação, disse um comunicado do governo britânico.
Os governos também se comprometeram a designar os marinheiros como "trabalhadores essenciais" para incentivar outros países a seguirem o exemplo.
"O dia de hoje marca um novo capítulo para os marinheiros e, ao lado de nossos parceiros internacionais, estamos nos posicionando para acabar com a burocracia que impede homens e mulheres de todo o mundo de voltarem para casa", disse o secretário dos Transportes britânico, Grant Shapps.
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