Austrália oferece refúgio para cidadãos de Hong Kong
Sydney anunciou a prorrogação por cinco anos dos vistos de quase 10 mil cidadãos do país que estão em seu território e a suspensão do acordo de extradição, além de emitir um aviso de viagem pedindo para que os australianos retornem por conta dos "riscos" da nova legislação.
Segundo o primeiro-ministro, Scott Morrison, as medidas foram tomadas porque a lei imposta pela China "constitui uma fundamental mudança de contexto" em Hong Kong.
Assim, o governo australiano é mais um a tomar medidas práticas após a entrada em vigor da legislação, o que ocorreu no dia 30 de junho. Além de Sydney, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá anunciaram sanções e medidas contra a China - e a França está estudando ações também.
Ao comentar as medidas, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, afirmou que "os assuntos de Hong Kong são assuntos internos da China e ninguém tem o direito de interferir".
A polêmica nova lei inclui sete novos artigos na Lei Básica de Hong Kong, a pequena Constituição do território. Os pontos mais polêmicos tem a ver com as questões de secessão, traição, subversão e terrorismo, com a ampliação do rol de atos considerados "contra o Estado" - bem como o endurecimento das punições.
Além disso, Pequim já começou a instalar escritórios de segurança e inteligência no local. Esses órgãos não se submeterão às autoridades de Hong Kong, mas sim se reportarão diretamente para o governo chinês.
Para os governos estrangeiros, a legislação é uma forma de acabar com os protestos contra Pequim, que são realizados há anos, e minam a forma de governo do "um país, dois sistemas".
(ANSA)
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