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Doria critica incentivo de Bolsonaro à cloroquina e diz que só vacina salva

Governador João Doria (PSDB) durante entrevista coletiva - ROGÉRIO GALASSE/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Governador João Doria (PSDB) durante entrevista coletiva Imagem: ROGÉRIO GALASSE/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Do UOL, em São Paulo

08/07/2020 10h32

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em incentivar o uso da hidroxocloroquina no combate à covid-19. O chefe do Executivo diz que passou a tomar o medicamento desde que foi diagnosticado com a doença causada pelo novo coronavírus.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, o político tucano definiu a atitude do presidente foi "não prudente".

"Não achamos prudente ou recomendável", disse Doria.

O governador de São Paulo disse que médicos especialistas e estudiosos não recomendam o uso da hidroxocloroquina de forma indiscriminada.

"Esta é a visão do centro de contingência. Por unanimidade, os 19 médicos especialistas, entre eles epidemiologistas e estudiosos, não recomendam o uso indiscriminado ou distribuição da cloroquina e hidroxicloroquina", afirmou. "Admitem que, quando há recomendação médica, com a concordância do paciente, pode ser administrada. Apenas e tão exclusivamente nestes casos."

Além de criticar o uso da medicação, Doria lembrou que a hidroxocloroquina não tem eficácia comprovada cientificamente e afirmou que o que vai salvar vidas no Brasil e no mundo será a vacina.

"Há estudos que indicam que a cloroquina não tem o efeito desejado ou a expectativa de cura, feitos na Inglaterra e Alemanha, reproduzidos no Brasil. Lamento que Bolsonaro siga insistindo que a cloroquina salva vidas, o que vai salvar vidas é a vacina", disse o governador.

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