Alta de infecções de Covid-19 impõe nova quarentena em Melbourne, 2ª maior cidade da Austrália
O número de contaminações pelo novo coronavírus não para de aumentar em Melbourne nos últimos dez dias. A alta preocupante levou as autoridades locais a anunciar nesta terça-feira (7) a volta da quarentena dos cinco milhões de habitantes da segunda maior cidade da Austrália. A decisão acontece no dia seguinte que as autoridades australianas resolveram isolar o estado de Victoria, onde está localizada Melbourne, do resto do país para tentar conter a propagação do vírus no país.
Com informações do correspondente da RFI em Sydney, Grégory Plesse
Nos últimos dias, a alta de casos já havia levado o governo do estado de Victoria a colocar em quarentena doze bairros da Melbourne. A medida drástica de impor o confinamento à toda população foi adotada após um recorde de contaminações, depois de semanas de flexibilização das restrições sanitárias. Nas últimas 24 horas, 191 novos casos de Covid-19 foram registrados na cidade.
O novo número de infectados torna difícil monitorar todas as pessoas que entraram em contato com os contaminados e isolá-las individualmente, avaliam as autoridades. O primeiro-ministro do estado de Victoria, Daniel Andrews, reconheceu que a volta da quarentena não será fácil, mas declarou que alta de casos "não pode continuar".
A nova quarentena em Melbourne entra em vigor a partir da meia-noite desta terça-feira, por um período de no mínimo seis semanas. Os estudantes voltarão a ter aulas online e os bares e restaurantes só poderão funcionar com serviço de entrega.
Estado de Victoria isolado
O isolamento do estado de Victoria também passa a valer a partir da noite desta terça-feira(7). As fronteiras com a Nova Gales do Sul, o estado mais povoado do país, serão fechadas e vigiadas por militares. O primeiro-ministro do estado, Daniel Andrews, descreveu a decisão como "o passo inteligente, o passo correto neste momento, dado os importantes desafios que enfrentamos para conter o vírus". Victoria é o segundo estado mais populoso do país com mais de 6,6 milhões de habitantes.
A Austrália, que esperava poder reabrir suas fronteiras internacionais, principalmente com a vizinha Nova Zelândia, é obrigada, por enquanto, a adiar o projeto. A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, sugeriu, no último final de semana, permitir a circulação de viajantes entre seu país e os estados australianos menos atingidos pela Covid-19. Segundo um estudo publicado pelo escritório Ernst and Young, a criação desse « corredor » entre os dois países da Oceania, que até aqui tinham conseguido controlar a pandemia, traria a injeção de € 2,5 bilhões de euros à economia australiana.
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