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Kassab elogia atual postura 'conciliadora' de Bolsonaro: 'Fervura diminuiu'

Gilberto Kassab, então ministro da Ciência e Tecnologia, em audiência pública de comissão do Senado - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Gilberto Kassab, então ministro da Ciência e Tecnologia, em audiência pública de comissão do Senado Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
do UOL

Do UOL, em São Paulo

06/07/2020 19h38Atualizada em 06/07/2020 20h07

O ex-ministro e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, celebrou hoje o ambiente político "tranquilo" vivido pelo Brasil nas últimas semanas. Ele disse ter uma visão "muito especial" deste momento e elogiou a postura "conciliadora" recentemente adotada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Tenho uma visão muito especial desse processo que a gente está vivendo. No momento em que o presidente se apresenta como conciliador, mostra que está se esforçando para mudar sua conduta. É muito claro para mim que, do ponto de vista político, o governo estava convivendo com muitas dificuldades, e essas dificuldades diminuíram", disse Kassab em entrevista à CNN Brasil.

Ele citou a relação com o Judiciário, com o Ministério Público e com o Legislativo como exemplos de mudanças e demonstrou "entusiasmo" com o clima atual.

"Mesmo com os governadores, onde havia muita tensão, a fervura diminuiu. Eu vejo com muito entusiasmo, e espero que tenha vindo para ficar. É evidente que há aqueles que são mais radicais, mas eu me alinho sempre àqueles que são do centro, moderados, que procuram conciliar", completou.

Questionado se Bolsonaro teria se rendido à "política tradicional" — ou, como se convencionou chamar, a "velha política" —, Kassab negou. Para o ex-ministro, o que houve foi um amadurecimento do governo e do próprio presidente.

"Não existe política tradicional", rebateu. "Acho que existiu um processo de amadurecimento do governo, do presidente, e essas mudanças foram trazendo um saldo positivo. Parece que está mais leve, as coisas estão mais leves. A relação com a imprensa, que é muito positiva, melhorou. Eu saúdo isso como um bom momento do governo e espero que tenha vindo para ficar."

'Toma lá, dá cá'

Kassab também negou que esteja havendo um "toma lá, dá cá" entre o governo e o centrão. O presidente do PSD — que integra esse bloco de partidos — disse fazer o que entende ser "o melhor para o Brasil" e que não houve conversas sobre "preenchimento de cargo" com nenhum parlamentar da sigla.

Recentemente, Bolsonaro recriou o Ministério das Comunicações e nomeou o deputado Fábio Faria (PSD-RN) para comandá-lo. "Eu entendo que a escolha do Fábio foi um acerto. Ele é habilidoso, é conciliador, gosta da política. Já está ajudando", opinou Kassab.

O ex-ministro ainda afirmou ter uma "relação de independência, mas com bastante cooperação" com o governo federal.

"Não poderia ser diferente, até porque nós temos lideranças importantes [no partido] que são mais próximas do governo e outras que são distantes. Do ponto de vista pessoal, tudo que está ao meu alcance para ajudar o governo, eu tenho feito", assegurou.

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