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Marinho a Flavio: "A Bangu, talvez se refira a cadeia onde mora parceiro"

Senador Flavio Bolsonaro, filho presidente Bolsonaro - Filipe Cordon/ Folhapress
Senador Flavio Bolsonaro, filho presidente Bolsonaro Imagem: Filipe Cordon/ Folhapress
do UOL

Do UOL, em São Paulo

03/07/2020 16h42

O empresário e pré-candidato à prefeitura do Rio Paulo Marinho rebateu ataques feitos pelo senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que afirmou que Marinho não saberia nem onde fica Campo Grande e Bangu, bairros suburbanos localizados na zona oeste do Rio.

"Em respeito a vocês que querem conversar a sério sobre o Rio, não vou responder senador chorão que desmaia na TV e voltou a tuitar besteiras. Quanto à Bangu, talvez se refira ao presídio em que mora o seu parceiro mais próximo e onde talvez se junte em breve. Seguimos em frente!", escreveu ele. "De Bangu, vocês entendem", acrescentou.

Marinho refere-se à prisão do ex-assessor de Flavio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, suspeito em esquema de "rachadinhas", ainda na época quando era deputado estadual no Rio. Queiroz está preso no presídio de Bangu.

Ontem, os dois já haviam trocado farpas nas redes sociais depois que Flávio chamou de "fofoca" a denúncia feita por Marinho de que o senador teria recebido informações privilegiadas da PF (Polícia Federal) sobre uma investigação que atingiria o seu ex-assessor Fabrício Queiroz. A denúncia está sendo investigada pela PF e pelo MPF (Ministério Público Federal).

Caso Flávio Bolsonaro deixe o cargo de senador, Paulo Marinho assumiria a vaga por ser seu suplente. O empresário disse recentemente que renunciaria caso isso viesse a acontecer. Marinho era aliado da família Bolsonaro e foi um dos principais apoiadores da campanha de Jair Bolsonaro (sem partido) na eleição de 2018, chegando a oferecer uma propriedade sua no Rio como sede para gravações e entrevistas do então candidato.

Troca de farpas: "fofoca" e "gostosão"

Ontem, a discussão começou quando Flávio disse, em comentário no Instagram, que Paulo Marinho fez "fofoca" ao revelar, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que um delegado da PF no Rio vazou informações da Operação Furna da Onça à campanha de Flávio Bolsonaro. A operação foi o que levou à produção do relatório do Coaf sobre as movimentações atípicas de Fabrício Queiroz, demitido logo após o repasse da informação privilegiada.

"Realmente, eu devo ser muito gostoso... ainda nem fui ouvido e o cara já pediu a quebra de sigilo do meu advogado... Isso devido a uma fofoca do meu suplente de senador Paulo Marinho, também conhecido como tiazinha do pulôver, de que eu teria recebido uma informação sigilosa. Um vazamento já negado, inclusive, pelo desembargador do TRF-2 responsável pelo caso", escreveu. O suposto vazamento está sob investigação.

Marinho respondeu pelo Twitter, dizendo que era melhor o senador "não pagar de gostosão" com os investigadores do MPF, porque "sabemos o que você fez no verão de 2018". Ele ainda ironizou o apelido "tiazinha do pulôver".

"Não me permito debater com quem tem tanto a explicar para a Justiça, mas como você me convidou para ser seu suplente e conselheiro, fica aqui uma dica: melhor não pagar de 'gostosão' com os investigadores do MPF porque eu e você sabemos o que você fez no verão de 2018. Você sabe que as informações que essa quebra de sigilo revelará sobre a localização dos seus assessores durante o 2º turno das eleições de 2018, vai mostrar com clareza a veracidade do que você me relatou quando veio chorando à minha casa pedir ajuda", disse.

"Quanto aos pulôveres: quem aprecia muito o meu bom gosto é o seu pai, a quem eu presenteei com 3 e nunca mais os tirou. Em relação à referência homofóbica, espero que não crie mais problemas familiares para o senador", completou.

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