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Caffeine capta US$ 113 mi para transmissões de batalhas de rap

Lucas Shaw

03/07/2020 16h25

(Bloomberg) -- A Twitch criou uma gigante da Internet em torno da paixão das pessoas por videogames. A Caffeine tenta fazer o mesmo com a competição musical.

Na quinta-feira, o site de transmissão ao vivo Caffeine disse que levantou US$ 113 milhões para investir em novas formas de entretenimento às quais os usuários podem assistir e interagir em tempo real. O objetivo é diferenciar a programação dos líderes do setor Twitch e YouTube.

A gigante de mídia Fox Corp., Cox Enterprises e Sanabil Investments lideraram a rodada de investimentos, acompanhadas pelas empresas de capital de risco do Vale do Silício Andreessen Horowitz e Greylock Partners. O novo financiamento avalia a empresa em mais de US$ 600 milhões, segundo representantes da Caffeine.

A empresa atraiu mais de 2 milhões de usuários desde o lançamento em novembro passado e se posicionou como uma alternativa à Twitch, da Amazon.com, que domina o streaming ao vivo. Enquanto a Twitch tem como alvo gamers, a Caffeine teve maior sucesso com competições de rap, em particular a Ultimate Rap League - uma organização fundada em 2009 pelo promotor de hip hop Troy Mitchell.

A Ultimate Rap League reuniu mais de 230 mil seguidores na Caffeine, que transmite competições entre compositores quatro vezes por semana. O evento mais assistido atraiu um público ao vivo que superou 100 mil pessoas. Agora, a empresa prepara a NOME X, sua maior competição até o momento, em 11 de julho.

"Nosso conteúdo âncora é o rap de batalha", disse Ben Keighran, cofundador e diretor-presidente da Caffeine. "Está funcionando super bem."

A Caffeine ainda não dá lucro, mas a receita está crescendo, disse Keighran, que não deu detalhes. A empresa não cobra dos espectadores para assistir a eventos e não vende publicidade. A empresa conta que usuários comprem bens virtuais. O usuário médio gasta US$ 78 em itens digitais a cada 90 dias.

Se a Caffeine continuar a ganhar força, atrairá a atenção de três das maiores empresas do mundo. YouTube, Facebook e Twitch são os três maiores sites para streaming ao vivo nos EUA, de acordo com a Stream Elements.

Keighran continua confiante de que sua estratégia será recompensada. "Apenas copiar o próximo cara não costuma funcionar bem", disse.

©2020 Bloomberg L.P.

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