Sesi na Paraíba é investigado por suspeita de superfaturamento em obra
A unidade do Serviço Social da Indústria (Sesi) da Paraíba é alvo de uma operação deflagrada hoje (2), pela Polícia Federal (PF), Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF) para apurar suspeitas de irregularidades em obras contratadas pela entidade.
Noventa e seis policiais federais e nove auditores da CGU, que participam da chamada Operação Cifrão, estão cumprindo 28 mandados judiciais de busca e apreensão em endereços de Campina Grande, Queimadas e da capital, João Pessoa.
Segundo a CGU, ao auditar as contas da unidade paraibana do Sesi, técnicos encontraram indícios de superfaturamento em três obras de construção e reforma de centros de atividades da entidade no estado. A controladoria calcula que o prejuízo pode superar os R$ 2 milhões do dinheiro que o Sesi recebe por meio de contribuições compulsórias feitas por indústrias de todo o país.
Indícios de fraudes em processos
Ainda de acordo com a CGU, os auditores também encontraram indícios de fraudes em processos licitatórios e vínculos entre os sócios das empresas contratadas e colaboradores e dirigentes do Sistema Indústria da Paraíba - ao qual o Sesi está ligado.
"Com o aprofundamento das apurações pelos órgãos parceiros, foram descobertas movimentações entre as contas bancárias das empresas contratadas e de pessoas relacionadas, direta ou indiretamente, ao Sesi/PB, por meio de uma ginástica financeira, na tentativa de ocultar as aludidas transferências de recursos", afirma a CGU, em nota.
Também em nota, a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep) informou que só teve conhecimento das investigações esta manhã. "Todos os documentos solicitados foram entregues à Controladoria Geral da União, Polícia Federal e Ministério Público Federal com o intuito de contribuir com as investigações e elucidação dos fatos", afirma a entidade, garantindo que irá colaborar com a apuração.
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