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Operação em 7 estados apura suspeita em compra de testes de covid-19 no DF

Operação apura possível irregularidade em compra de testes  - Getty Images
Operação apura possível irregularidade em compra de testes Imagem: Getty Images
do UOL

Do UOL, em São Paulo

02/07/2020 07h30

Uma operação deflagrada hoje pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) cumpre mandados de busca e apreensão relativos a uma investigação que apura possíveis irregularidades na compra de testes para detecção de covid-19 no Distrito Federal.

Batizada de Falso Negativo, a operação é realizada no DF e em outros sete estados do Brasil - São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Paraná. Ao todo, estão sendo cumpridos 74 mandados de busca e apreensão pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Segundo os investigadores, há fortes indícios de superfaturamento na aquisição dos insumos e ainda evidência de que as marcas compradas "seriam imprestáveis para a detecção eficiente do novo coronavírus ou de baixa qualidade na detecção" do novo coronavírus.

A investigação mira em contratos que somados ultrapassam R$ 73 milhões e foram fechados por meio de dispensa de licitação, diz o MP-DFT. A suspeita de superfaturamento é de aproximadamente R$ 30 milhões.

Segundo a CNN Brasil, servidores da secretária de saúde do DF são suspeitos de participaram do esquema. Os crimes investigados são: fraude à licitação, crime contra a ordem econômica, corrupção ativa e passiva. A emissora ainda informa que Iohan Andrade Struck, subsecretário de saúde do DF, é um dos alvos.

O governo do DF se manifestou por meio de nota. "Todos os testes comprados, recebidos através de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde tem o certificado da Anvisa e portanto foram testados e aprovados pelo órgão Federal. Quanto aos preços, representam os valores praticados no mercado e as compras foram efetuadas avaliando as marcas apresentadas, os certificados de qualidade e os menores preços apresentados pelas empresas nas propostas."

Os mandados foram deferidos pela Justiça Criminal de Brasília.

*Com informações da Estadão Conteúdo.

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