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Bolsonaro diz que educação está "horrível" e que pode definir ministro hoje

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deverá escolher o quarto ministro da Educação de seu governo - Adriano Machado/Reuters
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deverá escolher o quarto ministro da Educação de seu governo Imagem: Adriano Machado/Reuters
do UOL

Do UOL, em São Paulo

02/07/2020 09h23Atualizada em 02/07/2020 15h18

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, que pode escolher hoje o novo ministro da Educação. Ao ouvir reivindicações relacionadas ao retorno das aulas em meio à pandemia do novo coronavírus, o chefe do Executivo citou a demissão de Carlos Alberto Decotelli na última terça-feira e disse que trabalha em uma nova nomeação para o comando da pasta.

"Talvez escolha hoje o ministro da Educação. Deu problema com o Decotelli...", disse Bolsonaro, em conversa transmitida por apoiadores em redes sociais.

Decotelli, que havia sido indicado para o posto na semana passada, pediu demissão do cargo na terça-feira após uma série de revelações de que havia informações falsas em seu currículo. A cerimônia de posse do agora ex-ministro nem sequer chegou a acontecer.

Na conversa, Bolsonaro disse que a "educação está horrível no Brasil" enquanto apoiadores faziam pedidos para que o presidente ajudasse na possibilidade de acelerar o retorno das aulas em escolas privadas. Ele afirmou que as reivindicações precisariam ser passadas para os governadores.

"O STF decidiu que não sou eu quem decido", afirmou, citando decisão da corte que estendeu a governadores e prefeitos a competência para medidas de isolamento social. Vale lembrar que a decisão assegura aos Estados e municípios autonomia para tomar medidas, mas não exime a União.

Em um ano e meio de governo Bolsonaro, o Ministério da Educação já teve três titulares diferentes. Antes de Decotelli, passaram pelo cargo Abraham Weintraub e Ricardo Vélez.

Candidatos

Bolsonaro terá de escolher o ministro da Educação em meio a uma série de demandas para o setor, como a eventual volta às aulas durante a pandemia e a prorrogação do Fundeb, fundo de recursos para atender a educação básica que precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional para ser renovado em 2021.

Há uma extensa lista de candidatos. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o nome do atual reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Anderson Correa, tornou-se o mais forte para assumir o ministério. Evangélico e com perfil técnico, ele passou a aglutinar apoio de vários grupos que indicam nomes ao presidente.

Outro nome que surgiu entre os indicados é o do ex-pró-reitor da FGV Antonio Freitas. Gilberto Gonçalves Garcia, que tem formação em Filosofia e foi reitor de várias universidades privadas, também foi cogitado.

Além deles, há Marcus Vinícius Rodrigues, que foi presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) na gestão de Ricardo Vélez. Na disputa, há ainda o evangélico Benedito Guimarães Aguiar Neto, que foi reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e hoje é presidente da Capes.

O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, que esteve com o presidente na semana passada, voltou a ser analisado também.

*Com informações o Estadão Conteúdo e Reuters

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