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Vítimas de Weinstein receberão um total de US$ 19 milhões em indenização

01/07/2020 18h40

Nova York, 1 jul (EFE).- Várias mulheres abusadas sexualmente enquanto trabalhavam para a empresa do agora condenado produtor de cinema americano Harvey Weinstein receberão uma indenização total de US$ 19 milhões, segundo um acordo divulgado pela Procuradoria-Geral de Nova York.

O acertou, que precisa ser aprovado pelos tribunais, é resultado de um processo apresentado pela procuradoria em fevereiro de 2018 contra o produtor, a Weinstein Company e o irmão Robert Weinstein por terem mantido um ambiente de trabalho hostil.

Também houve uma ação coletiva apresentada separadamente por um grupo de mulheres que foram assediadas por Weinstein, informou em comunicado a procuradora-geral, Letitia James.

Weinstein, que era o produtor mais poderoso de Hollywood, foi condenado em 11 de março a 23 anos de prisão em Nova York por estupro e agressão sexual contra duas mulheres, após um julgamento que deu voz às vítimas e concretizou as reivindicações do movimento feminista MeToo, que chamou atenção para o escândalo.

De acordo com o comunicado, o acordo garante que as mulheres que vivenciaram um ambiente de trabalho hostil, assédio sexual e discriminação de gênero enquanto trabalhavam para a companhia, além de abuso sexual por parte do produtor, têm direito a obert uma indenização do fundo de US$ 19 milhões criado para as vítimas.

SEM ACORDOS DE CONFIDENCIALIDADE.

"Harvey Weinstein e a companhia falharam com suas funcionárias. Depois de todo o assédio, ameaças e discriminação, estas sobreviventes finalmente receberão alguma justiça", disse James no comunicado.

Este acerto liberará as vítimas de Weinstein de qualquer acordo de confidencialidade relacionado a qualquer conduta sexual de Weinstein que tenham assinado com o produtor, a companhia ou qualquer outro agente.

"Travamos uma longa e cansativa batalha na sala do tribunal" no distrito de Manhattan, onde ocorreu o julgamento, disse a atriz Caitlin Dulany, que faz parte da ação coletiva.

"Weinstein evitou a responsabilização pelos seus atos durante décadas e foi um momento poderoso para nos reunirmos e exigirmos justiça", complementou a artista, que denunciou ter sido agredida sexualmente pelo produtor em 1996, em um hotel na França, quando foram ao Festival de Cinema de Cannes para promover um filme.

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