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OMS pede que cada pessoa se responsabilize para evitar surtos de Covid-19

01/07/2020 18h28

Genebra, 1 jul (EFE).- A Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou nesta quarta-feira à responsabilidade individual de todos para evitar novos surtos e o retorno ao confinamento em países que já passaram pelo pior da pandemia da Covid-19, após a confirmação de infecções em boates da Suíça, onde fica a sede da agência.

"Nosso comportamento pode facilitar a transmissão. Portanto, cada pessoa olhar para os riscos que corre, saber qual é o nível de transmissão em sua área, controlar seu destino e não depender apenas do que o governo faz", diretor-executivo da OMS para emergências sanitárias, Mike Ryan.

"Cada pessoa sozinha deve gerenciar seus riscos, decidir se voa ou não... todos tomamos decisões que podem nos levar a viver ou morrer", alertou o especialista irlandês, insistindo: "Precisamos estar bem informados para tomar boas decisões", completou.

A chefe do Departamento de Doenças Emergentes da OMS, Maria Van Kerkhove, alertou que mesmo em países como a Suíça, que conseguiram eliminar as infecções da comunidade, "pode haver contratempos e novos surtos", então o alerta e as medidas de distanciamento físico de pelo menos um metro devem ser mantidos.

"O vírus vê uma oportunidade de se espalhar entre as pessoas em pequenos surtos, de modo que o sistema já existente deve ser usado para encontrar rapidamente novos casos, isolá-los e rastrear quem esteve em contato com eles", acrescentou.

Os especialistas divulgaram hoje novos dados de uma missão de investigação da OMS que viajará à China para estudar o coronavírus causador da Covid-19.

Nos próximos dias, um posto avançado de dois especialistas, um em doenças animais e um epidemiologista, viajará para se preparar para essa missão, explicou Ryan.

O diretor da OMS esclareceu que informações recentes da China sobre um vírus identificado em porcos com potencial para infectar seres humanos não devem ser confundidas com um novo agente patógeno.

"Esse vírus da gripe suína está sendo investigado pelas autoridades chinesas desde 2011. Publicações recentes dizem respeito a dados coletados durante todo esse período", disse ele, embora também tenha notado que "toda a gripe tem potencial pandêmico", completou. EFE

abc/phg

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