Magazine Luiza é a "Amazon brasileira"? Vale a pena investir em suas ações?
O Magazine Luiza há algum tempo tem se tornado a queridinha dos investidores de ações, que chegam a chamá-la de "Amazon brasileira"!
Dona de marcas como Netshoes, Zattini, Época Cosméticos e Estante Virtual, as ações da Magalu (MGLU3) parecem que só se valorizam e acumulam alta de mais de 40% nesse ano na data de produção desse conteúdo, abandonando a crise muito antes de ações de várias outras companhias.
Quem investiu em ações MGLU3 no início de 2019 viu suas ações valorizarem mais de 200% ao sair da casa dos R$ 20 para mais de R$ 70 na cotação mais recente.
Eu sou César Esperandio, economista do Econoweek, a tradução da economia. E, neste artigo, bem como no vídeo acima, no qual respondo a perguntas ao vivo sobre o tema, vou traduzir essa lenda chamada Magazine Luiza, esclarecer se a empresa é mesmo boa para ser chamada de "Amazon brasileira" e se vale a pena investir em suas ações.
Qual é sua opinião sobre isso?
Enquanto várias empresas sofreram com a paradeira, os números do primeiro trimestre da Magalu impressionam:
- As vendas totais aumentaram 34% frente ao 1º trimestre de 2019, alcançando R$ 7,7 bilhões;
- O e-commerce cresceu 73%, atingindo R$ 4,1 bilhões e 53% das vendas totais;
- Marketplace cresceu 185%, representando 30% do e-commerce total;
- As vendas nas lojas físicas evoluíram 7% no total;
- EBITDA ajustado de R$ 274 milhões, margem de 5,2%;
- Lucro líquido de R$ 30,8 milhões, margem de 0,6%;
- Posição de caixa total de R$ 4,6 bilhões em mar/20.
Segundo matéria publicada no UOL, "apesar das mais de mil lojas que possui pelo Brasil, o Magazine Luiza hoje em dia tem quase a metade de suas receitas totais oriundas das vendas que faz em seus sites oficiais, o que já levou economistas do Bank of America Merril Lynch e do Credit Suisse a chamarem-no de 'Amazon brasileira', e esses números se mantiveram firmes durante a crise atual".
Com isso, Luiza Trajano, dona de 17% da companhia, "viu sua fortuna saltar dos estimados US$ 1,7 bilhão (R$ 9,2 bilhões) atribuídos a ela em março para os atuais US$ 3,8 bilhões (R$ 20,6 bilhões)".
Voltando a olhar para o Magazine Luiza, será que podemos chamá-la de "Amazon brasileira"?
Lembrando que tanto Magalu como Amazon tiveram uma valorização muito forte, e em resumo, enquanto a Amazon expande seus negócios digitais para o mundo das lojas físicas, o Magazine Luiza nasceu com o modelo de loja de rua e expande cada vez mais seus negócios para o mundo digital, que tem como diferencial a entrega em até dois dias, além da eficiência de toda a operação.
A aposta da Magalu é que o e-commerce vai ganhar cada vez mais corpo e a companhia vai se beneficiar desse movimento, ainda se valendo do alcance de mais de mil lojas físicas espalhadas pelo Brasil.
O modelo que está sendo implementado para usar essa estrutura como um diferencial é que o consumidor poderá comprar produto de qualquer vendedor presente em sua marketplace e retirar em qualquer uma das lojas da rede.
Marketplace é o nome dado para o modelo de vendas online onde não são ofertados apenas produtos vendidos pela própria Magalu, mas também por outros lojistas, que se valem da credibilidade e do grande número de acessos ao site do Magazine Luiza. O modelo, porém, já vem enfrentando concorrências, inclusive de bancos, como o Banco Inter, que tem uma plataforma de vendas dentro do seu aplicativo de internet banking.
É inegável que a lição de casa da Magalu está sendo feita e seus acionistas estão bastante satisfeitos.
A pergunta que fica é se, para o investir, o Magazine Luiza continuará sendo um bom negócio dados os novos desafios impostos? E por que não também ficar de olho em outras ações de concorrentes, como B2W, Americanas e Centauro?
Para discutir sobre isso, no vídeo acima, que fica hospedado para você assistir a hora que quiser, conversei com Lucas Carvalho, analista de investimentos da corretora Toro, que respondeu ao vivo a perguntas dos seguidores do Econoweek. Vale a pena assistir e tirar suas próprias conclusões.
Qual é sua opinião sobre esse assunto? Conte nos comentários ou fale com a gente no nosso canal do YouTube, Instagram e LinkedIn. Também é possível ouvir nossos podcasts no Spotify. A gente sempre compartilha muito conhecimento sobre economia, finanças e investimentos. Afinal, o conhecimento é sempre uma saída!
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.