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Holanda: profissionais do sexo evitarão beijos e 'respiração ofegante'

O Red Light District (Distrito da Luz Vermelha), na Holanda - Getty Images/iStockphoto
O Red Light District (Distrito da Luz Vermelha), na Holanda Imagem: Getty Images/iStockphoto
do UOL

Do UOL, em São Paulo

01/07/2020 21h07

Profissionais do sexo na Holanda voltaram hoje ao trabalho após as medidas de restrição contra o coronavírus, mas receberam a recomendação de evitar beijos e "respiração ofegante" para reduzir o risco de transmissão da doença.

Dançarinas eróticas e prostitutas perderam sua principal fonte de renda por mais três meses. Em Amsterdã, o Distrito da Luz Vermelha — ponto turístico da capital com shows de sexo, sex shops e prostitutas, tem ficado deserto.

A Red Light United, que representa as prostitutas de Amsterdã, fez uma campanha para voltar ao trabalho o mais rápido possível.

A organização apontou que algumas profissionais do sexo ainda tinham que pagar aluguel e que a quarentena obrigava as mulheres a trabalharem ilegalmente, expondo-as a riscos maiores. Segundo o Independent, muitas não tiveram acesso ao apoio financeiro do Estado durante a quarentena

"Estou realmente ansiosa para voltar ao trabalho", disse ao site britânico Moira Mona, de 29 anos que se apresentará em um clube de S&M esta semana.

"A renda extra será bem-vinda, então, nesse sentido, espero um dia agitado ... embora não espere que seja tão ocupado quanto antes da crise da covid-19", acrescentou.

Apesar de as profissionais do sexo já seguirem rígidas normas de segurança sanitária na Holanda, o setor compilou uma lista de recomendações, que inclui posições sexuais a serem evitadas.

Mesmo com novas diretrizes, as profissionais do sexo estarão mais expostas aos perigos da covid-19 do que outras profissões, disse Debbie Mensink, consultora de saúde pública em Amsterdã para o Independent.

"Existe um risco maior. As profissionais do sexo já têm risco de saúde devido à sua linha de trabalho, porque as pessoas se aproximam muito umas das outras", disse.

O número de novas infecções e mortes pela doença caiu rapidamente nas últimas semanas, por isso a Holanda suspendeu a maioria das medidas de bloqueio.

O país registrou mais de 50.000 infecções e 6.000 mortes desde março.

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