Guaidó ressurge na rua após acusação de que estaria refugiado em embaixada francesa
Caracas, 7 Jun 2020 (AFP) - O líder opositor Juan Guaidó ressurgiu na rua em vídeos divulgados neste sábado (6) por sua equipe e parlamentares aliados depois de o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, afirmar que ele estava refugiado na embaixada francesa em Caracas, o que foi desmentido por Paris.
"Os que estão escondidos são eles (...) Quinze milhões de dólares de recompensa por eles. Eu estou botando a cara", diz Guaidó em um dos vídeos, referindo-se à acusação da justiça americana de "narcoterrorismo" contra o presidente socialista Nicolás Maduro.
Nesta sexta, a França desmentiu que Guaidó, líder do Parlamento opositor e reconhecido como presidente encarregado por meia centena de países, estivesse em sua embaixada.
"O senhor Juan Guaidó não está na residência da França em Caracas. O confirmamos várias vezes às autoridades venezuelanas", afirmou a porta-voz do ministério francês das Relações Exteriores, Agnès von der Mühll.
Os vídeos mostram o dirigente opositor, com máscara e luvas de proteção pela pandemia da COVID-19, em um trajeto a pé por uma fila de carros formada por motoristas que tentam abastecer, enquanto cumprimenta e conversa com alguns deles.
O chanceler Arreaza sugeriu na quinta-feira que Guaidó estaria na embaixada francesa dias depois de Maduro insinuar, sem mencioná-lo, que o dirigente parlamentar estava "escondido" em uma sede diplomática.
"Nós não podemos entrar em uma residência de uma embaixada de qualquer país, neste caso da França ou da Espanha, e que a justiça os leve à força. Não se pode", respondeu Arreaza durante entrevista por rádio a uma jornalista que lhe perguntou sobre a suposta presença de Guaidó na embaixada francesa, assim como por seu mentor, Leopoldo López, que é hóspede na residência do embaixador espanhol em Caracas há mais de um ano.
"Esperamos que estes governos retifiquem (...) e entreguem os foragidos da justiça à justiça venezuelana", acrescentou Arreaza.
Guaidó é alvo de múltiplos processos judiciais, desde que se proclamou presidente interino, em janeiro de 2019, embora não se conheça que exista contra ele uma ordem de prisão.
erc/lp/mvv
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.