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Pinturas de Picasso são apreendidas em operação em Milão

05/06/2020 16h47

MILÃO, 5 JUN (ANSA) - A seção de Medida de Prevenção do Tribunal de Milão deflagrou nesta sexta-feira (5) uma operação contra fraude fiscal e determinou a apreensão de bens avaliados em 20 milhões de euros, entre eles obras do pintor espanhol Pablo Picasso. A ordem foi executada por uma unidade da Guarda de Finanças de Milão contra um italiano, cuja identidade não foi revelada, que já foi condenado a 10 anos e sete meses de prisão por associação criminosa, fraude fiscal, lavagem de dinheiro e transferência indevida de valores mobiliários por meio de empresas estrangeiras.   

De acordo com o promotor de Milão, Francesco Greco, as autoridades apreenderam duas vilas de luxo, com 20 mil metros quadrados de terreno, na Sardenha, 67 obras de arte e antiguidades, incluindo pinturas de famosos artistas, como Picasso, Lorenzo De Caro e Niccolò Cassana. Entre as relíquias também estão várias esculturas, móveis e acessórios, talheres, joias antigas, pêndulos e relógios, que datam dos séculos 17 e 18. A descoberta ocorreu após uma investigação longa e complexa que, graças às verificações bancárias articuladas e à análise de grandes documentos contábeis, trouxe à tona uma série de irregularidades em investimentos financeiros e imobiliários realizados por meio de estruturas offshore e empresas estrangeiras.   

As autoridades acreditam que o suspeito seja promotor de uma associação criminosa internacional com interesses na Itália, na Gra-Bretanha e em Luxemburgo, o qual acumulou um grande patrimônio ilegal em um fundo de Jersey, paraíso fiscal.   

Por fim, o Ministério Público de Milão explicou que os resultados da investigação confirmam que "hoje investir em obras de arte representa uma das estratégias mais eficazes, procuradas e lucrativas para lavagem de produtos ilícitos encontradas internacionalmente". (ANSA)
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