Sauditas e russos têm acordo sobre cortes de oferta de petróleo e pressionam aliados
LONDRES( Reuters) - A líder da Opep, Arábia Saudita, e a Rússia, que não faz parte do grupo, chegaram a um acordo preliminar para a prorrogação dos atuais cortes de oferta de petróleo por um mês, mas ao mesmo tempo elevaram a pressão sobre países que não têm cumprido suas metas de redução de oferta, disseram fontes à Reuters.
A Opep+, que reúne membros da Opep e outros países incluindo a Rússia, tem um pacto que prevê cortes recordes de 9,7 milhões de barris por dia em maio e junho, o equivalente a cerca de 10% da produção global.
O objetivo das restrições de oferta é sustentar os preços, impactados pela derrubada na demanda associada a medidas de isolamento que visaram conter a disseminação do coronavírus.
Ao invés de relaxar os cortes em julho, a Opep e seus aliados agora discutem mantê-los para além deste mês.
"A Arábia Saudita e a Rússia estão alinhadas na prorrogação por um mês", disse uma fonte da Opep.
"Qualquer acordo sobre estender os cortes está condicionado a que os países que não tiveram cumprimento total em maio aprofundem seus cortes nos próximos meses, para compensar seu excesso de produção", acrescentou a fonte.
O grupo também avalia realizar uma reunião online em 4 de junho para discutir sua política de produção, após a Argélia, que está com a presidência rotativa da Opep, ter sugerido antecipar um encontro planejado para 9 e 10 de junho.
A fonte da Opep disse que a antecipação da reunião também está associada ao cumprimento dos cortes e que as discussões agora são sobre como implementar um critério para que os países que não atingiram suas metas dentro do acordo possam compensar isso nos próximos meses.
O Iraque e a Nigéria foram os membros da Opep com menor nível de adesão às metas de redução da produção em maio. O Cazaquistão também não cumpriu todas suas obrigações sob o pacto da Opep+, segundo fontes.
Duas fontes disseram à Reuters que Arábia Saudita, Kuweit e Emirados Árabes Unidos não estão discutindo prorrogar seus cortes voluntários e adicionais de produção de 1,180 milhão de bpd para além de junho.
(Por Equipe Opep)
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