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Polêmico embaixador dos EUA na Alemanha renuncia

02/06/2020 15h28

Polêmico embaixador dos EUA na Alemanha renuncia - Dois anos após assumir cargo, Richard Grenell deixa comando da missão diplomática. Motivos da saída não foram divulgados. Devido a declarações controversas, diplomata era figura malquista nos meios políticos alemães.O embaixador dos Estados Unidos na Alemanha, Richard Grenell, um apoiador fiel do presidente Donald Trump, renunciou ao cargo, encerrando um período controverso de dois anos em Berlim marcado por tensões transatlânticas.

"O embaixador Grenell renunciou ao cargo em 1º de junho", anunciou nesta segunda-feira (02/06) o porta-voz da embaixada americana, Joseph Giordono-Scholz. Grenell será substituído interinamente pelo número dois, Robin Quiville, até a escolha de seu substituto. O ex-embaixador continuará sendo o enviado especial de Trump para a Sérvia e o Kosovo.

Numa publicação no Instagram, Grenell, de 53 anos, confirmou a renúncia, mas não disse quais sãos seus planos para o futuro. Nenhum motivo também foi apresentado para justificar a decisão. No entanto, especula-se que ele deixou o cargo para trabalhar na campanha eleitoral de Trump.

Ex-representante dos Estados Unidos na ONU, Grenell ocupava o cargo de embaixador na Alemanha desde abril de 2018. Assim que assumiu o posto, o ex-embaixador ganhou destaque por expressar posições polêmicas nas redes sociais, como defender uma guinada conservadora na Europa. Suas declarações o tornaram uma figura malquista nos meios políticos alemães, e um deputado liberal chegou a pedir sua expulsão da Alemanha.

Uma de suas principais prioridades no cargo era pressionar o governo alemão a aumentar o gasto do país com defesa. Além de ameaçar o governo e empresas alemãs com sanções em várias áreas, ele criticou ainda aquilo que considerou a participação alemã na construção do gasoduto russo Nord Stream 2 e a abertura a chinesa Huawei no desenvolvimento do futuro 5G.

Em fevereiro, Trump chegou a anunciar o nome de Grenell como o novo coordenador dos serviços de inteligência. A decisão foi criticada pelos Democratas devido à falta de experiência do indicado. A indicação, porém, não foi confirmada pelo Congresso, depois de o diplomata expulsar funcionários por considerar a lealdade destes a Trump questionável e por fazer reorganizações sem informar previamente parlamentares como deveria.

CN/afp/lusa/ap

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