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Aeroportos são opção de investimento após crise, diz gestora

Andreea Papuc

02/06/2020 07h59

(Bloomberg) -- Com a paralisação da maior parte das viagens globais nos últimos meses, aeroportos não seriam um alvo óbvio para investidores. Mas uma gestora de recursos da Austrália diz que as recentes perdas do setor criam uma oportunidade de compra.

"Não acredito que aeroportos estejam estruturalmente quebrados, acho que é um impacto de curto prazo", disse Sarah Shaw, diretora de investimentos e gestora de recursos global da 4D Infrastructure, em Sydney. "A trajetória ainda é definitivamente para o aumento das viagens aéreas. As pessoas ainda querem ir para o Havaí, ainda querem ir para Bali", disse.

A 4D Infrastructure manteve ou elevou investimentos em aeroportos no mundo todo e também investiu em concessionárias na busca de ativos com lucros resilientes cuja queda foi exagerada durante a onda vendedora.

A 4D Infrastructure, com cerca de 150 milhões de dólares australianos (US$ 102 milhões) em ativos, aumentou a exposição a operadoras de aeroportos europeias, incluindo a espanhola Aena, a alemã Fraport e a Aeroports de Paris.

No setor de concessionárias, a empresa elevou as posições na espanhola Iberdrola, que tem operações de energia em vários países; na NextEra Energy, fornecedora de energia sustentável nos EUA; e na Sempra Energy, com operações nos EUA e na América Latina.

Embora os mercados precisem reprecificar ativos devido ao vírus, muitas empresas de infraestrutura listadas estão sobrevendidas apesar dos projetos de crescimento, manutenção dos dividendos e fluxo de caixa, disse Sarah. Os ativos de infraestrutura estão entre os vencedores do estímulo global, afirmou.

Com a redução da volatilidade que marcou grande parte de março, a gestora disse identificou várias "oportunidades para adquirir nomes de infraestrutura de alta qualidade com ativos de duração muito longa e, em muitos casos, fluxos de lucro bastante resilientes. Essa seria uma das oportunidades de compra mais atraentes pelo menos nesta década, porque o mercado exagerou".

©2020 Bloomberg L.P.

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