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Peru supera as 4.000 mortes por COVID-19

28/05/2020 22h32

Lima, 29 Mai 2020 (AFP) - O Peru superou nesta quinta-feira (28) as 4.000 mortes pelo novo coronavírus, com 116 óbitos nas últimas 24 horas, uma diminuição com relação aos dias anteriores, totalizando mais de 141.000 casos confirmados, informou o Ministério da Saúde.

O país andino registrou oficialmente 5.874 novos casos de COVID-19, elevando o total de contágios a 141.779, 42% a mais do que há oito dias. O Peru é o segundo país com maior número de casos do novo coronavírus na América Latina depois do Brasil.

A cifra de mortes pelo coronavírus chegou a 4.099 em um país de 33 milhões de habitantes, que está com a capacidade hospitalar à beira do colapso, com 8.395 pacientes internados com COVID-19, e sua economia, semiparalisada.

Nas últimas 24 horas 116 pessoas morreram por COVID-19 no país, uma redução com relação à véspera, quando os mortos foram 195. Em número de mortes pelo novo coronavírus, o Peru é o terceiro país latino-americano mais afetado, depois do Brasil e do México.

O Peru está há 74 dias em confinamento nacional obrigatório, sob um toque de recolher noturno e com as fronteiras fechadas, o que não impediu que a pandemia se espalhasse pelo país.

"Se não tivéssemos tido quarentena, chegaríamos a 83.000 mortos", afirmou o primeiro-ministro, Vicente Zeballos.

Embora em oito dias os casos de coronavírus tenham aumentado 42% e os óbitos, 33%, o governo peruano assegura que desde a segunda-feira o número de contágios alcançou um "platô".

"Estamos em um platô longo", declarou na quarta-feira o ministro da Saúde, Víctor Zamora. "É uma descida lenta, gradual. Esperávamos que fosse muito mais rápido, mas a dinâmica da pandemia é outra".

A capital, Lima, e o vizinho porto de Callao, onde vive um terço da população peruana, concentram 70% dos contágios do país, enquanto famílias pobres têm problemas para comprar comida após terem perdido o emprego.

Quatro em cada dez peruanos perderam suas fontes de renda durante a pandemia, segundo um estudo privado, em um país onde a informalidade beira os 70% da força de trabalho, segundo cifras oficiais.

No Peru o sistema hospitalar está à beira do colapso, particularmente em Lima e na Amazônia.

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