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Quinze países da OEA querem que UE revise lista negra de lavagem de dinheiro

26/05/2020 20h21

Washington, 26 Mai 2020 (AFP) - Quinze países membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) querem que a União Europeia revise o plano de incluir países de América Central e Caribe em sua lista negra de lavagem de dinheiro, alegando sofrer "a pior crise econômica e de saúde" pela pandemia da COVID-19, segundo documento publicado nesta terça-feira (26).

O grupo de países apresentará uma declaração "em solidariedade" com os afetados pela proposta da UE na quarta-feira, durante o período ordinário de sessões do Conselho Permanente da OEA, informou o órgão.

A Comissão Europeia, que tem prerrogativa legislativa, apresentou em 7 de maio sua nova metodologia de combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, na qual propõe incluir Bahamas, Barbados, Jamaica, Nicarágua e Panamá em sua lista negra.

A declaração que será apresentada na quarta-feira indica que estar nessa lista gera "efeitos adversos" para as economias desses países, entre outros a impossibilidade de acessar recursos financeiros.

E acrescenta que, diante dos desafios colocados pela crise econômica e de saúde causada pela COVID-19, os países não tem meios para mostrar progresso nessa luta, com a qual reiteram seu compromisso de combater a lavagem de dinheiro.

"Apelamos ao senso de solidariedade e cooperação que sempre inspirou os Estados Membros da União Europeia a avaliar esta decisão no contexto atual da pandemia que estamos enfrentando", afirma o texto, pedindo "respeitosamente" ao Conselho e ao Parlamento da UE "para se opor a esta lista".

Para ser considerada uma declaração da OEA, a iniciativa deve ser aprovada por 18 dos 34 membros ativos do bloco regional.

Os 15 países que assinam a declaração são Bahamas, Barbados, Belize, Costa Rica, Granada, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Panamá, República Dominicana, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia e Trinidad Tobago.

Os países europeus, reunidos no Conselho da UE e na Eurocâmara, devem se pronunciar nas próximas semanas sobre a proposta da Comissão.

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