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Entidades empresariais apoiam ministro e criticam lei ambiental burocrática

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Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em São Paulo

26/05/2020 13h39

Cerca de 70 associações empresariais divulgaram um manifesto que dá "total apoio" ao Ministério do Meio Ambiente e critica a "burocracia" das regras de proteção ambiental. A nota, publicada nesta terça-feira (26) em anúncio de página inteira do jornal "Folha de S.Paulo", saiu depois da divulgação do vídeo da reunião ministerial com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na sexta-feira (22).

Embora sem mencionar diretamente o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o manifesto vai no mesmo sentido de sua fala na reunião, para mudar leis consideradas ultrapassadas. Salles defendeu que o governo aproveitasse o foco da imprensa na cobertura da pandemia do novo coronavírus para "passar a boiada" e simplificar normas "de baciada". No anúncio publicado hoje, as associações se dizem a favor do meio ambiente, mas afirmam que as regras precisam ser desburocratizadas e a ecologia é usada como bandeira ideológica que atrapalha a economia.

Assinam o documento publicado hoje entidades do setor agropecuário, como CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária) e Aprosoja Brasil (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), mas também de outras áreas, como Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), Secovi de vários estados (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis) e Sinduscon de vários estados (Sindicato da Indústria da Construção Civil).

O título do manifesto é "No meio ambiente, a burocracia também devasta". Leia a seguir a íntegra da nota:

"No meio ambiente, a burocracia também devasta

As entidades abaixo reafirmam seu compromisso com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, condenando os infratores que, além de causarem prejuízos ambientais e à imagem do país, praticam concorrência desleal às empresas regulares e responsáveis.

Condenamos, também, a agenda burocrática que utiliza a bandeira ambiental como instrumento para o travamento ideológico e irrazoável de atividades econômicas cumpridoras das leis e essenciais ao desenvolvimento econômico do país. Tal agenda afasta investimento e subtrai empregos, gerando grande pobreza em vez de respeito ao meio ambiente.

As ações do Ministério do Meio Ambiente, na defesa da legislação e dos interesses ambientais com sensibilidade ao desenvolvimento do país de forma sustentável e legítima, contam com nosso total apoio."

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