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Itália perdeu 81 milhões de turistas desde março, diz associação

26.abr.2020 - Policial usa máscara em frente ao Coliseu, em Roma, Itália - Alberto Lingria/Reuters
26.abr.2020 - Policial usa máscara em frente ao Coliseu, em Roma, Itália Imagem: Alberto Lingria/Reuters

10/05/2020 17h10

Roma, 10 mai (EFE).- A Itália registrou 81 milhões de turistas a menos desde março do que no mesmo período do ano passado como resultado da pandemia do coronavírus, um número que representa uma perda de 20 bilhões de euros para os setores hoteleiro e de catering.

Os dados foram divulgados neste domingo pela Coldiretti, a maior associação de empresários agrícolas da Itália, em um relatório que observa que as medidas decretadas pelo governo italiano em março para conter a propagação do vírus SARS-CoV-2 atrapalharam o turismo, que representa 13% do Produto Interno Bruto (PIB), em uma época do ano em que os feriados da Páscoa e do Dia do Trabalho são particularmente frutíferos.

"O impacto econômico entre março e maio é dramático, com perda estimada em 20 bilhões de euros para hotéis, restaurantes, transporte e compras", disse a associação.

A Coldiretti se disse satisfeita que o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, tenha dito que a Itália não terá um verão (junho a setembro no hemisfério norte) em quarentena e que a população poderá ir à praia, às montanhas e desfrutar da beleza das cidades, com algumas precauções.

Conte também tem enfatizado que o governo continua monitorando de perto a curva de contágio, que permanece em tendência decrescente. A Itália iniciou a saída gradual da quarentena na última segunda-feira, com a retomada de atividades como indústria e construção. A partir do próximo dia 18, museus e lojas serão reabertos, e em 1º de junho será a vez de restaurantes, bares e salões de beleza.

A Coldiretti pediu ao governo que autorizasse a reabertura das mais de 24 mil casas rurais distribuídas pelo país, que em 2019 receberam 14 milhões de turistas. Na opinião do grupo, esses locais representam uma oportunidade para a recuperação do turismo na fase de saída do confinamento, pois permitem o respeito à distância social e evitam as aglomerações que ocorrem nas cidades e praias.

A associação italiana de hoteleiros Federalberghi fez recentemente uma estimativa que aponta que o país perderá mais de 300 milhões de turistas em 2020, o que levará a uma queda no volume de negócios de quase 17 bilhões de euros, ou 71,4%, em termos anuais.

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