Vaticano recebeu da China material para combater o novo coronavírus
O Vaticano recebeu da China um carregamento com material para o combate ao novo coronavírus, em mais um gesto de aproximação entre os dois Estados, que não têm relações desde 1951, segundo confirmou nesta quinta-feira o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni.
De acordo com o representante da administração da sede da Igreja Católica, a Farmácia Vaticana recebeu "material sanitário" enviado pela Cruz Vermelha do país asiático e também pela Fundação de Caridade Hebei Jinde.
Bruni classificou o gesto como uma "expressão de solidariedade do povo chinês e da comunidade católica e agradeceu a bispos, fiéis, instituições e povo da China, garantindo que todos têm a estima e a oração do papa Francisco.
A cidade-estado do Vaticano, até o momento, registrou oito casos de infecção pelo novo coronavírus. Dois dos pacientes já são considerados curados, um recebeu alta e está em fase de recuperação, dois estão internados e três em isolamento doméstico.
O Vaticano não confirma, nem desmente, mas o jornal italiano "La Reppublica" veiculou que o papa Francisco chegou a ser submetido a dois testes de diagnóstico, o primeiro quando ficou gripado e o segundo após pessoas próximas terem contraído a Covid-19.
A Santa Sé a e China têm relações rompidas desde que Mao Tsé-Tung expulsou o núncio apostólico do país asiático e estabeleceu a Igreja Patriótica Católica, que é liderada pelo Partido Comunista.
Em setembro de 2018, o Vaticano e o governo de Pequim fizeram um acordo provisório sobre a nomeação de bispos, principal motivo de conflito entre as partes, o que gerou crítica de parte da comunidade católica. EFE
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