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Papa reza por padres e médicos na missa da Quinta-Feira Santa

09/04/2020 14h08

CIDADE DO VATICANO, 09 ABR (ANSA) - Em uma cerimônia diferente da tradicional e em uma Basílica de São Pedro praticamente vazia, o papa Francisco celebrou a missa "in Coena Domini", que marca a Quinta-Feira Santa para os católicos.   

A principal mensagem do Pontífice foi para os sacerdotes que estão atuando tanto em missões ao redor do mundo como aqueles que estão ajudando na linha de frente por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). "Dedico hoje aos sacerdotes que dão a vida pelo Senhor. Nesses dias, morreram mais de 60 padres aqui na Itália no cuidado com os doentes e também nos hospitais. Morreram também médicos e enfermeiros, que são os santos da porta ao lado. Todos morreram servindo", disse abrindo a sua homilia.   

Baseando a fala em três pontos principais, "eucaristia, serviço e unção", o Santo Padre fez uma reflexão também para aqueles religiosos que vivem em locais remotos, dizendo que queria estar próximo daqueles "recém-ordenados ou já Papas". "Hoje todos vocês, irmãos sacerdotes, estão comigo no altar.   

Digo para vocês só uma coisa: não sejam cabeça dura como Pedro, deixem o Senhor lavar seus pés. Jesus é o servo de vocês, do seu lado sempre. Sejam grandes perdoadores. É a missão com a qual nós seremos medidos. Não tenha medo de perdoar", ressaltou ainda. O líder da Igreja Católica também lembrou do sofrimento de muitos padres "caluniados", que não podem sair às ruas e andar livremente porque "outros sacerdotes fizeram coisas muito feias". Segundo o Pontífice, o serviço de todos - religiosos ou não - será o gesto que "condicionará a nossa entrada nos reinos dos céus". Nos últimos anos, Francisco celebrava essa missa - que contava com o rito do lava-pés - em presídios na Itália, como forma de mostrar a humildade de Jesus Cristo. No entanto, por conta da Covid-19, todas as celebrações da Semana Santa serão realizadas sem a presença dos fiéis e dentro da Basílica de São Pedro.   

Apenas alguns religiosos estão autorizados a participar das cerimônias e, conforme visto nesta quinta, todos respeitam o distanciamento mínimo para evitar a propagação da doença.   

Ainda dentro da Basílica de São Pedro, o Pontífice beijou novamente o Crucifixo Milagroso de Roma, que ficou famoso por ajudar a acabar com a peste de 1522, e que está no Vaticano desde o dia 27 de março. A estátua fica sempre exposta na Igreja de São Marcelo no Corso, mas foi levada à basílica por conta da atual pandemia. (ANSA)
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