Conflitos preocupam a ONU durante pandemia
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), o português António Guterres, divulgou balanço dos resultados do pedido de cessar-fogo global feito há dez dias, em meio a pandemia da Covid-19. Segundo ele, "um número substancial de partes em conflito expressou aceitação", porém "existe uma enorme distância entre declarações e ações, entre traduzir palavras para paz no terreno e na vida das pessoas."
O chefe da ONU afirma que o apelo de paz "está ressoando em todo o mundo" e foi endossado por cerca de 70 países - além de líderes religiosos, incluindo o papa Francisco, organizações não-governamentais e redes ativistas da sociedade civil.
Conforme relatório das Nações Unidas, diplomatas enviados e representantes locais da ONU estão tendo êxito para negociar pausa nos combates internos e externos, enquanto há o surto do novo coronavírus. Esse é o caso de Camarões, Colômbia, Filipinas, Mianmar, República Centro-Africana, Sudão, Sudão do Sul e Ucrânia.
O secretário-geral das Nações Unidas, no entanto, se preocupa com situação no Afeganistão, Iêmen, Líbia e na Síria. De acordo com a Agência de Notícias da ONU, no Afeganistão estão "abertas negociações diretas com o Talibã". No Iêmen, "o conflito piorou". Na Líbia, "os conflitos aumentaram drasticamente em todas as linhas de frente". E Na Síria, onde a covid-19 já provocou mortes, "continua em vigor a trégua em Idlib".
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