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Avanço do petróleo impulsiona Wall St em meio a disparada de dado do auxílio-desemprego

02/04/2020 17h20

Por Chuck Mikolajczak

(Reuters) - As ações dos Estados Unidos viveram um rali nesta quinta-feira, conforme esperanças de uma trégua em uma guerra de preços do petróleo entre a Arábia Saudita e a Rússia e de um corte na produção de petróleo impulsionaram ganhos, reduzindo o impacto de um salto chocante nos pedidos de auxílio-desemprego norte-americanos devido às paralisações ocasionadas pelo coronavírus.

O índice de energia do S&P, que recuou mais de 50% neste ano devido à guerra de preços entre Rússia e Arábia Saudita e preocupações com a demanda ocasionada pelo coronavírus, o que tem causado a queda dos preços do petróleo, subiu 9,08%.

A Arábia Saudita tem solicitado uma reunião de emergência dos produtores de petróleo, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, disse esperar que a Arábia Saudita e a Rússia reduzam a produção entre 10 a 15 milhões de barris por dia. Isso ajudou os contratos futuros de petróleo dos EUA a se estabelecerem em alta de 24,7% e o barril de petróleo Tipo Brent avançar 21,5%, os maiores ganhos percentuais diários já registrados.

Ainda assim, os principais índices adentraram o território negativo várias vezes antes de um tardio rali elevar as ações para fecharem próximas às máximas da sessão.

"O mercado apanhou tanto, você não tem um rali como esse a menos que haja muita gente pensando que isso foi exagerado", disse JJ Kinahan, estrategista-chefe de mercado da TD Ameritrade em Chicago.

O Dow Jones Industrial Average avançou 2,24%, para 21.413,44 pontos, o S&P 500 valorizou 2,28%, para 2.526,9 pontos e o Nasdaq Composite ganhou 1,72%, para 7.487,31 pontos.

A lista das principais ações com alta do índice S&P 500 estava cheia de empresas de petróleo. A Occidental Petroleum subiu 18,90%, com nomes como Apache Corp e Halliburton também obtendo valorizações percentuais de dois dígitos.

Uma alta nos preços ainda pode não ser suficiente para salvar algumas das empresas de xisto norte-americanas carregadas de dívidas e que estão à beira da falência à medida que a demanda continua a cair devido à pandemia do coronavírus.

Os analistas preveem um declínio adicional nas ações dos EUA, uma vez que as paralisações em todo o país para limitar a propagação do vírus resultam em um hiato virtual da atividade comercial e força as empresas a demitirem funcionários e a economizarem dinheiro.

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