Coronavírus: alunos de escola militar que contataram navio fazem exames
Estudantes de uma escola militar em Santa Catarina que estão com suspeita de coronavírus fizeram exames para detectar a doença. A assessoria do 5º Distrito Naval da Marinha informou nesta segunda-feira (30) que os resultados não chegaram ainda.
Os alunos fizeram contato com um navio em que se descobriu que pelo menos dois tripulantes tinham coronavírus. O UOL revelou que seis estudantes estavam internados com suspeita de covid-19 na enfermaria da Escola de Aprendizes de Marinheiro de Santa Catarina (EAMSC), em Florianópolis, na quinta-feira (26).
Nos dias 13 e 14 de março, quase 200 alunos da instituição de ensino foram a Itajaí (SC). Lá, entraram no navio Almirante Saboia. A partir do dia 17, mais de dez alunos foram internados na enfermaria da escola, denunciou Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasef).
Na quarta-feira da semana passada (25), a Marinha revelou que dois tripulantes do Almirante Saboia contraíram a covid-19.
No dia seguinte, restavam seis alunos da EAMSC com suspeita de coronavírus na enfermaria da escola em Florianópolis, contou a diretora do Sinasef, Elenira Vilela. Todos os 200 alunos da entidade estão em internato e proibidos de voltarem para suas casas.
A assessoria do 5º Distrito Naval da Marinha informou ao UOL que "todos os aprendizes-marinheiros estão sendo acompanhados e monitorados pelos profissionais de saúde da própria organização militar". "Os alunos considerados como casos suspeitos realizaram testes para a covid-19, sendo que até o momento não há caso confirmado." A assessoria acrescentou que os resultados não estão prontos ainda.
Alunos não podem voltar para suas casas
Como mostrou o UOL, várias academias militares mantêm estudantes "confinados" e não os permitem retornar às suas famílias apesar dos decretos dos estados e prefeituras para suspender as aulas.
O Ministério da Defesa divulgou nota semana passada afirmando que "tem plena convicção de que a permanência dos militares nos cursos, em regime de internato, não representa risco à saúde desses alunos, permitindo sim maior preservação da saúde do grupo".
No entanto, algumas instituições liberaram seus alunos para evitar a contaminação e as aglomerações em salas de aula e alojamentos. É o caso do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), do Instituto Militar de Engenharia (IME) e do Colégio Militar de Recife, controlado pelo Exército.
O Ministério Público Federal pediu explicações ao Ministério da Defesa sobre o motivo das academias militares manterem aulas e alunos em internatos mesmo com a pandemia de coronavírus.
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