Mandetta defende menos gente na rua e fala em cenário extremo
Segundo Mandetta, a determinação de paralisação no País tem reduzido os casos de acidentes e traumas e, por consequência, mais leitos ficam disponíveis para outras situações. Ele afirmou que há registros de até 50% de mudança na taxa de ocupação. E também afirmou que é importante diminuir a sobrecarga do sistema de saúde para que haja tempo de o governo comprar equipamentos de proteção para profissionais de saúde. Segundo afirmou, apesar de o Brasil estar negociando a compra dos produtos com a China, há uma dificuldade de transporte para o Brasil. Em alguns casos, segundo ele, será necessário contratar aviões.
Mais uma razão para ficar em casa, parados, até que a gente consiga colocar os produtos nas mãos dos profissionais de saúde que precisam. Se a gente sair andando todo mundo de uma vez, vai faltar para o rico, para o pobre, para todo mundo. Tem de ter racionalidade e não nos mover por impulso. Vamos nos mover como eu digo desde o princípio, pela ciência, pela parte técnica e com planejamento, afirmou.
Segundo ele, quando o governo fala em colapso não se refere apenas ao sistema de saúde, mas também à logística. O ministro afirmou que a paralisação de voos em alguns Estados atrapalha a entrega de equipamentos e medicamentos. Segundo ele, o Ministério da Infraestrutura está trabalhando para criar uma estratégia para recompor uma logística nacional de transporte.
Essa epidemia é totalmente diferente da H1NI, afirmou, rejeitando qualquer comparação. Esse vírus ataca o sistema de saúde e sociedade, ataca logística, educação, economia, afirmou defendendo que as ações sejam guiadas pela ciência e pela parte técnica. Aqueles que dizem que essa gripe só mata 5 mil, 7 mil... Não é assim a conta, enfatizou.
O ministro ainda defendeu ação conjunta com os Estados. Vamos acertar, errar, ter dias bons e ruins. Estamos ainda conhecendo qual vai ser o dano desse vírus, disse. O ministro afirmou que o trabalho a ser feito será para poupar a vida de todo mundo e reconheceu que o vírus ainda requer muito estudo. Esta semana vamos construir um consenso com os secretários de saúde. Onde a gente ver que pode estar perdendo a guerra (para a doença), vamos apertar (as restrições).
Onde tiver melhor, podemos afrouxar. Mas vamos devagar e juntos. Mandetta ainda destacou que, apesar da maioria dos óbitos ocorrer na população acima de 60 anos, não são todos.
Economia. Mandetta ainda afirmou que vai trabalhar com o Ministério da Economia para elaboração de um plano mínimo. O presidente está certíssimo quando fala que a crise econômica vai matar as pessoas, que a fome vai matar pessoas. Está certíssimo e somos 100% engajados para achar solução com a equipe da Economia, afirmou. Segundo ele, é preciso logística. A pessoa não consegue ficar na casa dela, a geladeira fica vazia, o estômago fica vazio. Se a gente não tiver logística, como a pessoa vai encontrar alimento no supermercado?
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Marlla Sabino e Julia Lindner
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.