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Receita interceptou 271 pedidos de exportação de equipamentos de proteção

Marlla Sabino e Julia Lindner

Brasília

28/03/2020 20h02

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, informou que 271 requisições de exportações de equipamentos de proteção para profissionais de saúde foram interceptados nesta semana pela Receita Federal e Polícia Federal. Entre os produtos, estavam máscaras e luvas.

O Senado aprovou na última quarta-feira, 25, o projeto que proíbe ou limita exportação de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao combate da covid-19 no País. A restrição vale durante o estado de emergência de saúde pública, até 31 de dezembro.

A disponibilização destes produtos foi discutida em reunião com governadores, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Os governadores reclamam da demora da chegada dos equipamentos nos Estados. Segundo Gabbardo, a dificuldade deve-se pela redução na quantidade de voos, principalmente na região Norte e Nordeste.

"Agora estamos com uma logística com o Ministério da Infraestrutura que está ajudando muito, estão disponibilizando outros tipos de transporte e também em alguns casos utilizaremos a Força Aérea Brasileira para distribuição de medicamentos, vacina e equipamentos", afirmou.

Segundo Gabbardo, todos os Estados já receberam duas remessas de produtos e equipamentos. Disse ainda que o Ministério já está operacionalizando uma próxima rodada.

Evolução dos casos

O secretário em vigilância de saúde do ministério, Wanderson Oliveira, afirmou que ainda não é possível avaliar se o ritmo de crescimento de contaminações pela covid-19 está em uma velocidade segura.

De acordo com dados apresentados, a taxa de crescimento de contaminados no Brasil ficou em cerca de 20% por dia na semana passada. O índice está abaixo do estimado pela pasta, que é de 33% no números de casos a cada dia.

Teste rápido

O Ministério da Saúde planeja iniciar na próxima semana os testes rápidos para identificação do novo coronavírus. A princípio, segundo Wanderson Oliveira, serão usados em profissionais de saúde, que podem identificar com mais facilidade os sintomas da doença.

O secretário ressaltou que há várias marcas disponíveis no mercado e que podem apresentar resultados diferentes do que os prometidos pelos fabricantes. Segundo ele, algumas das opções já foram liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outras estão em análise.

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