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Santander quer dirigente brasileiro no conselho de administração

27/02/2020 19h05

Madri, 27 fev (EFE).- O Banco Santander quer que o presidente da empresa no Brasil, Sergio Rial, integre o conselho de administração da entidade e assuma funções executivas no órgão, assim como a presidente do grupo, Ana Botín, e o CEO, José Antonio Álvarez.

A instituição financeira, que tem o Brasil como a principal fonte de faturamento, levará esta proposta à próxima assembleia de acionistas, que será realizada no dia 3 de abril em Santander, segundo informou nesta quinta-feira a Comissão Nacional do Mercado de Valores da Espanha (CNMV).

Rial, que chegou ao Grupo Santander em 2015, manterá as funções como principal representante no Brasil, na América do Sul e na Global Trade Services, plataforma que o banco lançou para facilitar o comércio internacional para as pequenas e médias empresas.

O brasileiro, cuja nomeação está sujeita à aprovação dos reguladores, continuará se reportando a José Antonio Álvarez e assumirá o cargo de diretor deixado por Ignacio Benjumea, que se aposenta aos 67 anos, depois de ter sido o braço direito tanto do ex-presidente do banco Emilio Botín como de sua filha Ana Botín.

"Sua lealdade e seu profissionalismo durante a longa carreira no Santander foram exemplares para todos e sentiremos sua falta, embora tenhamos a sorte de continuar a contar com ele no conselho do Santander Espanha", disse publicamente Ana Botín em declaração para se despedir de Benjumea.

Além do conhecimento de Rial sobre Brasil e América Latina, o Santander ressaltou que o futuro executivo do conselho traz uma rica experiência internacional tanto no setor bancário, com cargos seniores em ABN AMRO e Bear Stearns, como em outros negócios - a multinacional brasileira de alimentos Marfrig e a americana Cargill.

Rial também já fez parte da diretoria de outras grandes empresas no Brasil e no exterior, disse o banco em comunicado.

Ana Botín destacou que Rial liderou a transformação do Santander Brasil, aumentando a rentabilidade de 14% para 21%, e "não apenas os números de apoio", uma vez que promoveu uma mudança cultural na filial que, na opinião dela, se reflete no elevado empenho dos trabalhadores e no fato de que cada vez mais pessoas se tornam clientes do banco.

"Tenho a certeza que a sua visão trará muito valor ao conselho", acrescentou. Após esta nomeação, o conselho do Santander continuará a ser composto por 15 membros, 40% deles mulheres.

O banco exalta a atual configuração do mais alto órgão de gestão, com diversidade de gênero, nacionalidade (Espanha, Inglaterra, Estados Unidos, Portugal e Brasil) e uma "ampla representação de competências e setores" (incluindo financeiro, industrial, tecnológico e acadêmico).

A assembleia de acionistas do Santander também aprovará a nomeação como diretor de Luis Isasi, que foi o chefe do banco de investimentos Morgan Stanley na Espanha e preencherá a vaga deixada por Guillermo de la Dehesa.

Além disso, será aprovada a reeleição de Ana Botín e das diretoras Pamela Ann Walkden, Esther Giménez-Salinas e Sol Daurella. EFE

mbr/vnm

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