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Ministério antecipa vacinação de gripe em ação contra o coronavírus no país

Segundo ministro Luiz Henrique Mandetta, campanha quer "diminui a espiral de epidemia de outros vírus que podem ocorrer e confundir a população" - Wilson Dias/Agência Brasil
Segundo ministro Luiz Henrique Mandetta, campanha quer "diminui a espiral de epidemia de outros vírus que podem ocorrer e confundir a população" Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil
do UOL

Do UOL, em São Paulo

27/02/2020 16h59

O Ministério da Saúde iniciará a campanha nacional de vacinação contra a gripe comum em 23 de março, antecipando em 23 dias a data originalmente prevista. A informação foi anunciada hoje pelo titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista coletiva em São Paulo.

Segundo Mandetta, a iniciativa faz parte das ações contra a propagação do novo coronavírus no Brasil. A ideia é combater outros contágios virais que possam confundir a população e atrapalhar os cuidados com o vírus.

"É um instrumento importante nesse momento. Você diminui a espiral de epidemia de outros vírus que podem ocorrer e confundir a população, se está com uma determinada síndrome gripal e não sabe qual", explicou o ministro.

Após conversa com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Mandetta explicou que a campanha de 2020 deve ser mais ampla que a dos anos anteriores, quando o foco era em pessoas com idade acima dos 60 anos. "Neste ano, vamos fazer com outros grupos que não só os idosos", disse. A população carcerária, incluindo agentes, deve estar entre as novas categorias atendidas.

Em balanço, Mandetta informou que há casos presentes em 45 países de cinco continentes. Ainda assim, demonstrou tranquilidade diante do novo coronavírus, uma variação genética de um vírus conhecido.

O Brasil registrou ontem o primeiro caso confirmado de contágio, de um homem de 61 anos, morador de São Paulo, que retornou de viagem da Itália. Segundo Mandetta, o paciente deu entrada às 19h30 de segunda-feira no hospital Albert Einstein; diante de exames preliminares que apontaram o contágio, a Secretaria Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde foram comunicados. A contraprova no Instituto Adolfo Lutz foi feita rapidamente e confirmou a condição.

"É um adversário novo, e como todo adversário novo, a gente tem perguntas que precisam de respostas. O momento agora é de reforçarmos as condutas técnicas. No caso do paciente (brasileiro confirmado), nosso sistema funcionou tecnicamente correto", disse Mandetta. "Podemos ter outros casos? Podemos ter. Podemos ter casos oriundos desse paciente? Podemos ter. Mas o que precisamos agora é diminuir as possibilidades de ter", completou.

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85 casos monitorados em SP

Na coletiva, a diretora de imunização de São Paulo, Helena Sato, informou que há 85 casos em análise por autoridades de saúde do estado. Entre eles, segundo ela, são casos de precaução. Deste número, 34 tiveram contato direto com o paciente confirmado.

"Dentre esses 85 casos suspeitos, temos dois comunicantes do caso inicial. Mas o mais importante é ressaltarmos que todos estão muito bem e em acompanhamento domiciliar", disse Helena. "São comunicantes da família. A gente não identifica, mas o mais importante é que estão muito bem e em acompanhamento", reforçou.

De acordo com o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, David Uip, "estamos preparados por uma política adequada de enfrentamento de uma situação conhecida". O médico reforçou que o novo coronavírus é uma variação genética de um vírus conhecido e que exigirá cuidados maiores de uma minoria.

"Esta é uma doença viral, e, como tantas outras, vai se manifestar da seguinte forma: a grande maioria dos pacientes será pouco sintomática e apresentará lesões mínimas. Uma minoria precisará de terapia intensiva", explicou. "Casos mais graves, que são uma minoria, buscarão nossos hospitais de referência, que já estão elencados."

Ainda segundo Uip, pacientes com tosse e febre deverão permanecer em casa para hidratação, alimentação e repouso. Os casos devem procurar cuidados hospitalares em caso de desconforto respiratório, com episódios recorrentes de febre. Neste caso, os médicos deverão encaminhar os pacientes para atendimentos específicos.

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