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Troca de tiros entre militares e policiais deixa 2 mortos em Porto Príncipe

24/02/2020 17h29

Porto Príncipe, 23 fev (EFE).- Um soldado e um policial morreram e nove pessoas ficaram feridos neste domingo durante uma troca de tiros entre militares e supostos agentes da polícia no centro de Porto Príncipe, nos arredores do palácio da presidência do Haiti.

O confronto aconteceu durante um ataque executado por homens armados, encapuzados, supostamente policiais, contra o Quartel General do Exército do país, localizado na região central da capital.

O Alto Comando das Forças Armadas informou que um soldado morreu e que outro militar, cuja patente não foi divulgada, ficou ferido.

Segundo a Agência Efe apurou junto a uma fonte do Hospital Bernard Mevs, um policial morreu, mas não foi informado qual o envolvimento dele com o caso. Além disso, outras oito pessoas foram atendidas, sendo três delas civis.

Inicialmente, as Forças Armadas chegaram a divulgar que o grupo de encapuzados tentou incendiar o Quartel Geral, e que a resposta dos militares que estavam na base foi dar tiros para o alto, de advertência.

Em seguida, uma equipe da Efe presenciou homens usando uniformes da polícia e outros, a paisana, trocando tiros com homens do Exército na Praça Champ de Mars, bem em frente ao Palácio Presidencial.

Hoje, policiais voltaram a realizar manifestação para exigir melhores condições de trabalho, e coube aos militares fazer a segurança no local, onde estava programada festa de celebração do Carnaval.

O governo do Haiti, posteriormente, decidiu não realizar o evento popular, por temer novos incidentes.

"Para evitar um banho de sangue, o governo informa à população e aos carnavalescos em particular que decidiu cancelar o Carnaval em Porto Príncipe", afirmou comunicado divulgado pelo Ministério da Cultura e da Comunicação.

Na semana passada, policiais chegaram a incendiar a decoração montada para a festa, durante uma manifestação.

O Haiti atravessa uma grave instabilidade social e política desde julho de 2018, pelo enfraquecimento da economia e, principalmente, por causa das acusações de corrupção contra o presidente Jovenel Moise. O país, além disso, está faz quase um ano sem primeiro-ministro e desde janeiro sem Parlamento.

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