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Policial amamenta bebê durante atendimento da mãe, vítima de violência

A sargento Marcilaine Rodrigues da Silva do Carmo amamenta a filha de uma vítima de violência doméstica atendida em delegacia de mulheres em Belo Horizonte - Divulgação/Polícia Militar
A sargento Marcilaine Rodrigues da Silva do Carmo amamenta a filha de uma vítima de violência doméstica atendida em delegacia de mulheres em Belo Horizonte Imagem: Divulgação/Polícia Militar
do UOL

Daniela Mallmann

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

24/02/2020 21h20

Em plena folia de Carnaval, um ato de solidariedade ganhou as redes sociais em Belo Horizonte nesta segunda-feira.

Uma bebê de 3 meses que chorava de fome foi amamentada por uma policial militar em uma delegacia de mulheres da capital mineira.

A sargento Marcilaine Rodrigues da Silva do Carmo, do 49º Batalhão de Polícia Militar, estava na delegacia aguardando atendimento para uma ocorrência de violência doméstica, quando por volta do meio-dia, a mãe da criança chegou, vítima de uma outra ocorrência, também de violência doméstica. Segundo a policial, ela estava muito nervosa devido à situação e a bebê chorava muito.

"Não só eu mas também outras pessoas que estavam lá perguntaram o que ela tinha e se a gente poderia ajudar de alguma forma e ela falou que a criança estava com muita fome, que ela não amamentava no peito porque ela não tinha leite, só tomava mamadeira porém ela tinha deixado a bolsa dela com os pertences em casa e que fazia um tempo já que a criança não comia. Aí eu cheguei perto da mãe e falei, olha Mãe, eu tenho leite você quer que eu dou para neném? Aí na mesma hora ela falou, 'ah eu quero sim por favor'. contou a policial

As duas mulheres foram para uma sala reservada na delegacia onde a sargento amamentou a criança que em seguida adormeceu.

"Foi um simples gesto de solidariedade mesmo e feito com muito amor, com a intenção simplesmente de ajudar." lembra a sargento.

A oficial é mãe de um menino de 3 anos e uma menina de 1. Segundo ela, não esperava toda essa repercussão e enfatiza que este foi um fato isolado.

"Tanto eu como a mãe decidimos e agimos diante de uma determinada situação e que de maneira alguma estamos incentivando a amamentação cruzada", conclui Marcilaine.

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