OMS confirma redução de casos do coronavírus na China e exalta reação do país
"A redução dos casos que estamos vendo é real. Podemos dizer, com confiança, que está caindo de verdade", afirmou o médico canadense, em entrevista coletiva concedida em Pequim.
Aylward apresentou hoje as conclusões da missão da OMS no território chinês, que ele próprio liderou. O especialista exaltou a reação rápida das autoridades locais.
"Provavelmente, evitaram centenas de milhares de casos", garantiu o canadense.
A missão foi iniciada duas semanas atrás, quando 20 especialistas internacionais, encabeçados por Aylward, chegaram na China para se unir aos médicos locais no estudo da epidemia e avaliar as medidas tomadas pelo governo.
"Provavelmente, foram as medidas de contenção de doenças mais ambiciosas, ágeis e agressivas da história. Não há dúvidas que a atitude da China, diante da rápida propagação desse novo patógeno respiratório, mudou o rumo do que era e segue sendo uma epidemia que se expandia rapidamente e que era mortal", disse o canadense.
Aylward ainda negou que há dúvidas sobre a credibilidade dos dados oficiais divulgados pelo país, garantindo que as estatísticas são confiáveis e que a redução de casos é real.
O líder da equipe da OMS lembrou que, até a terceira semana de janeiro, o aumento do número de pacientes era "exponencial", mas que está havendo uma reversão na situação.
"Poderíamos esperar que uma curva assim seguisse crescendo, mas pouco a pouco foi caindo, ao não encontrar mais pessoas suscetíveis à infecção. Não foi bloqueada de forma abrupta, mas foi reduzida", disse Aywlard.
O especialista canadense aponto que é o esforço das autoridades locais é importante para a China e para o restante do mundo, ainda mais em momento da expansão da Covid-19 em países como Irã e Itália.
"Ganhamos tempo, mas temos que usar esse tempo melhor do que fizemos até agora. Temos que trabalhar rápido. A comunidade internacional não tem isso em mente ainda", afirmou.
Aylward, no entanto, também apontou pontos negativos da reação chinesa, que incluíram atrasos em alertas e na falta de leitos em hospitais, especialmente na província de Hubei, epicentro da epidemia. EFE
vec/bg
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