Brasileiros resgatados da China deixam quarentena em Anápolis
Antes de embarcar em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), em Anápolis, para as suas cidades, o grupo participou de um café da manhã de despedida e de uma cerimônia, com a presença do ministro da Defesa, Fernando Azevedo; do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM); e do prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PP).
A liberação foi feita após a confirmação de que os repatriados não estão infectados pelo novo coronavírus. Na última sexta-feira, foi feita a terceira e última coleta de material no Brasil para exame específico para o novo coronavírus, e a análise do Laboratório Central do Estado de Goiás mostrou resultados negativos. Cada um dos repatriados recebeu uma declaração do Ministério da Saúde informando o estado de saúde livre da doença pelo novo coronavírus.
Na conta de YouTube "Brasileiros em Wuhan”, membros do grupo de repatriados divulgaram uma nota de agradecimento ao governo e à sociedade pelo tratamento recebido. Eles haviam postado um vídeo na internet para pressionar o governo brasileiro a resgatá-los em Wuhan, cidade considerada epicentro da doença.
No dia 5 de fevereiro, duas aeronaves da Força Aérea Brasileira partiram para Wuhan, epicentro da doença. Entre brasileiros e familiares de outras nacionalidades, 34 chegaram ao Brasil no dia 9 de fevereiro. Além dos repatriados, 24 profissionais que fizeram parte do resgate também estavam cumprindo a quarentena, inicialmente prevista para durar 18 dias. O procedimento é um protocolo internacional para evitar a disseminação da doença no Brasil.
Até este domingo, no Brasil, não havia registro de casos da doença. Existe, entretanto, um suspeito em investigação no Rio de Janeiro. A partir da última sexta-feira, o Ministério da Saúde passou a considerar como suspeitos aqueles que apresentem febre e outros sintomas respiratórios e que estiveram nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais no Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Singapura, Vietnã, Tailândia e Camboja. Até então, apenas os que estiveram na China eram considerados casos suspeitos. A decisão foi motivada pelo aumento no número de novos casos fora da China e pelo início do Carnaval.
MD/ebc/ots
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