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Norte-americano procurado pela Interpol preso em MG é achado morto na cela

Sean Karl Grebinger  - Reprodução
Sean Karl Grebinger Imagem: Reprodução
do UOL

Daniel Leite

Colaboração para o UOL, em Juiz de Fora (MG)

21/02/2020 19h07

O norte-americano Sean Karl Grebinger, de 48 anos, que estava na lista de procurados da Interpol, foi encontrado morto hoje em Pouso Alegre, no sul de Minas, onde estava preso desde a última terça-feira. Segundo a Polícia Civil, os indícios levam a concluir como suicídio durante a noite.

Grebinger não dividia cela com nenhum outro presidiário. O corpo foi encontrado pendurado por uma corda feita de cobertores, conhecida como "teresa". Ele deixou quatro cartas escritas à mão e destinadas para a mãe, os filhos e um amigo.

No dia 31 de janeiro, Grebinger foi detido em Pouso Alegre por ter agredido a esposa brasileira. A Polícia Civil, então, identificou um mandado de prisão emitido pela Interpol. Segundo a Polícia Federal, a ordem judicial era para fins de extradição e foi expedida pelo Supremo Tribunal Federal.

De acordo com a PF, em fevereiro de 2013, Grebinger teria assassinado a esposa no estado norte-americano de Louisiana. Em seguida, sumiu com o corpo, que nunca foi encontrado. Segundo a corporação, as investigações da polícia dos Estados Unidos revelaram "evidências substanciais" de que o suspeito de fato matou a ex-companheira há sete anos. Antes do suposto crime, ele já teria abusado e agredido a mulher, que, inclusive, tinha medidas protetivas judiciais contra o marido no país onde moravam.

Duas semanas após o crime, segundo as investigações, o norte-americano pegou um voo para São Paulo. No Brasil, conseguiu permissão de residência ao se casar com uma brasileira.

Nos anos em que viveu solto no país, Grebinger dizia que já havia sido agente das Forças Especiais do Contraterrorismo americano e falou em perseguição política contra ele no seu país natal. A intenção era conseguir refúgio no Brasil, de acordo com a PF.

Segundo a Polícia Civil, é necessário esperar os trâmites envolvendo o FBI, a Polícia Federal e os familiares do homem para liberação do corpo, que permanece no Instituto Médico Legal de Pouso Alegre.

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