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Dólar vai a R$ 4,393, bate novo recorde e sobe 2,14% na semana; Bolsa cai

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto
do UOL

Do UOL, em São Paulo

21/02/2020 17h01Atualizada em 26/02/2020 14h26

O dólar comercial fechou o dia de hoje praticamente estável, com leve alta de 0,04%, a R$ 4,393 na venda, renovando o recorde de valor nominal (sem considerar a inflação) de fechamento. Na semana, o dólar saltou 2,14%, após cair 0,46% na semana anterior.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o pregão em queda de 0,79%, aos 113.681,42 pontos, acumulando na semana baixa de 0,61%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, se refere ao dólar comercial. Para turistas, que precisam comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é mais alto.

Dólar chegou a passar de R$ 4,40

Logo na abertura do mercado, o dólar ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 4,40.

A alta foi puxada por forte demanda corporativa, com empresas antecipando pagamentos de compromissos antes do feriado de Carnaval, disse João Manuel Campanelli Freitas, diretor de operações do Travelex Bank, à agência de notícias Reuters. Ao longo do dia, a busca por dólares diminuiu, reduzindo a alta da moeda.

Investidores estavam cautelosos com o cenário externo, especialmente de olho nos impactos na economia global devido à epidemia de covid-19 na China.

No Brasil, o mercado repercutia comentários do ministro da Economia, Paulo Guedes, que voltou a afirmar ontem que o novo normal é o real estar mais desvalorizado em relação ao dólar enquanto os juros estiverem baixos.

Além disso, notícias de que Guedes estaria desgastado e poderia deixar o cargo nesta semana deixaram investidores preocupados.

O Banco Central vendeu todos os 13 mil contratos de swap cambial ofertados em leilão de rolagem na sessão de hoje.

Recorde do dólar não considera inflação

O recorde do dólar alcançado hoje considera o valor nominal, ou seja, sem descontar os efeitos da inflação, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Levando em conta a inflação nos EUA e no Brasil, o pico do dólar pós-Plano Real aconteceu no fim do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 22 de outubro de 2002. O valor nominal na época foi de R$ 3,952, mas o valor atualizado ultrapassaria os R$ 7.

Fazer esta correção é importante porque, ao longo do tempo, a inflação altera o poder de compra das moedas. O que se podia comprar com US$ 1 ou R$ 1 em 2002 não é o mesmo que se pode comprar hoje com os mesmos valores.

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