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Caixa financia imóvel com juros fixos de 8% a 9,75%, mas é mais caro

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
do UOL

Carla Araújo

Colaboração para o UOL, em Brasília

20/02/2020 11h09Atualizada em 20/02/2020 13h15

Resumo da notícia

  • Para clientes que já têm conta na Caixa, juros variam de 8% a 9,50% ao ano
  • Para quem não tem conta no banco, taxa é de 9,75% ao ano
  • Vantagem é saber que juros não vão mudar até o fim do financiamento
  • Nas outras linhas disponíveis, taxas variam conforme TR ou inflação
  • Desvantagem da nova linha de crédito é que juros são maiores
  • Nova linha vale para imóveis residenciais novos ou usados, financia até 80% do valor do imóvel, com prazo de até 360 meses (30 anos)

A Caixa Econômica Federal anunciou uma linha de crédito para financiar a casa própria com taxa fixa de 8% a 9,75% ao ano. A vantagem é que a pessoa sabe que os juros não vão mudar até o fim do financiamento. Hoje, nas outras linhas disponíveis, as taxas variam conforme a TR (taxa referencial) ou a inflação. Mas a desvantagem da nova linha de crédito é que os juros são maiores: os juros em outras linhas são a partir de 2,95% ao ano (correção pela inflação) ou 6,5% ao ano (correção pela TR).

A nova linha vale para imóveis residenciais novos ou usados, com financiamento de até 80% do valor total do imóvel, e prazo de até 360 meses (30 anos). As contratações estarão disponíveis a partir de sexta-feira (21). Para clientes que já têm conta na Caixa, os juros variam de 8% a 9,50% ao ano. Para quem não tem conta no banco, a taxa é de 9,75% ao ano.

A taxa fixa terá a maior prestação, mas o menor risco.
Pedro Guimarães, presidente da Caixa

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse, em evento de lançamento no Palácio do Planalto, que a nova modalidade é mais uma opção para a compra da casa própria. "Não queremos dizer para o cliente o que ele tem que fazer, nós oferecemos as opções", disse. Em agosto, a Caixa criou uma linha de financiamento imobiliário atrelada à inflação.

A ideia é oferecer mais opções para o cliente, e ele decide o que fazer. Se achar que [financiamento atrelado à] TR é melhor, tudo bem. Pode achar que IPCA é melhor, pois tem entrada menor. E também quem quiser saber quanto vai pagar nos próximos 30 anos, de hoje até lá, escolhe pagar um pouco mais [nas parcelas].
Pedro Guimarães, presidente da Caixa

Simulador no site da Caixa

Para escolher a melhor opção, o cliente poderá usar um simulador disponível no site da Caixa.

Caso escolha o financiamento com taxa fixa, o valor da prestação será maior. Quando a opção for por parcelas baseadas na TR (Taxa referencial), os juros serão de 6,5%, ou pelo IPCA, de 2,95%. Nesses dois últimos casos, porém, o valor pode ser alterado ao longo dos anos conforme os indicadores.

Ajudar população 'mais carente'

Guimarães declarou que a ideia foi analisada por meses, e objeto de debate com o Banco Central e com o mercado. Segundo ele, a crítica feita à correção pela TR é que a taxa não é controlada pelos bancos.

"Estamos absolutamente tranquilos e sabemos que, matematicamente, a medida vai beneficiar os brasileiros", declarou na véspera, em São Paulo, durante apresentação do balanço do banco.

A ideia é ajudar a população brasileira, especialmente a mais carente, que sofre mais em momentos de inflação.
Pedro Guimarães, presidente da Caixa

Guedes disse que país melhora

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a linha lançada hoje mostra que a economia no Brasil começa a ter uma previsibilidade de médio e longo prazo.

As reformas que estão sendo implementadas, reduzindo os custos da dívida, que reduziram os privilégios, estão sinalizando para horizontes mais longos e permitindo que o juros desçam e a economia comece a girar.
Paulo Guedes, ministro da Economia

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