ONU exige que Turquia e Rússia cessem escalada de tensão no nordeste da Síria
Segundo o enviado das Nações Unidas para a Síria, Geir Pedersen, apesar dos contatos no mais alto nível entre Moscou e Ancara, as mensagens vindas dos dois lados apontam para um "risco iminente" de que o confronto na região ficará mais grave.
Pedersen fez esta declaração após o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, alerta para a iminência de uma operação de seu exército na província síria de Idlib, uma possibilidade considerada pelo governo russo como "o pior cenário possível".
A Rússia, que apoia o regime sírio de Bashar al-Assad, e a Turquia, que apoia os rebeldes, tentaram até agora, sem sucesso, negociar um acordo sobre Idlib, último reduto da oposição e alvo de uma grande ofensiva de Damasco.
Segundo a ONU, os dois poderes, que já haviam patrocinado a cessação das hostilidades na área, "podem e devem ter um papel fundamental" para reduzir a situação agora.
Pedersen reiterou os apelos de um cessar-fogo imediato feito pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, e alertou para a crise humanitária que os combates estão gerando.
Nesse sentido, ele destacou que as hostilidades estão agora se aproximando de áreas muito populosas, como a cidade de Idlib, onde muitos civis deslocados de outras partes da Síria se refugiaram.
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