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'O nome da rosa' ganhará edição inédita com desenhos de Eco

19/02/2020 09h41

ROMA, 19 FEV (ANSA) - Há exatos quatro anos, em 19 de fevereiro de 2016, a Itália chorava a morte de um de seus maiores pensadores: o escritor e semiólogo Umberto Eco, autor de obras como "O nome da rosa" e "O pêndulo de Foucault".


Em seu testamento, o intelectual pediu para não ser tema de eventos de homenagem por pelo menos 10 anos, então o caminho escolhido para celebrar seu legado tem sido o relançamento de seus livros.


Em maio de 2020, chegará às livrarias italianas uma edição inédita de "O nome da rosa" com desenhos preparatórios feitos pelo próprio Eco antes de ele escrever aquele que seria seu maior best-seller, cujo lançamento completa quatro décadas neste ano.


"Uma vida não seria suficiente para reler e entender plenamente o significado de suas obras", diz, em entrevista à ANSA, a cineasta Elisabetta Sgarbi, que fundou a editora La Nave di Teseo com Eco e outros intelectuais em 2015.


"Pense em 'Fascismo eterno' e 'Migração e intolerância'. São best-sellers dos anos 1990, mas bastou republicá-los que se tornaram símbolos, até das 'sardinhas'", acrescentou Sgarbi, em referência ao movimento de esquerda criado no fim do ano passado para barrar o avanço da extrema direita na Itália.


A cineasta também destaca o lado pessoal do escritor, sua curiosidade, paixão e senso de diversão. "E seu entusiasmo, quase de criança, quando fundamos La Nave di Teseo. Sinto falta dessas coisas, mas as vivemos, e elas estão em minha memória", declara Sgarbi, que é diretora-geral da editora.


A empresa está republicando toda a obra literária de Eco, na medida em que caem os direitos das editoras precedentes. Segundo Sgarbi, a nova edição de "O nome da rosa" ajudará a entender o estudo que está por trás da construção de um grande romance".


"É um livro revolucionário, que mudou a ideia do romance. E ainda hoje permanece um exemplo imbatível de uma cultura sem fronteiras", afirma. Os desenhos preparatórios foram feitos por Eco possivelmente entre 1976 e 1977, antes de ele começar a escrever o livro. (ANSA)

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