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Panamá retorna à lista negra de paraísos fiscais da UE

18/02/2020 09h46

Bruxelas, 18 Fev 2020 (AFP) - A União Europeia (UE) incluiu novamente o Panamá em sua lista negra por não cumprir os critérios mundiais de transparência fiscal, um revés para o país da América Central em sua luta para apagar a imagem de paraíso fiscal.

Além do Panamá, os ministros das Finanças da UE também incluíram na lista o território britânico de ultramar das Ilhas Cayman, uma decisão interpretada como uma "advertência" ao Reino Unido pós-Brexit.

"Estes países ou territórios não cumpriram, dentro do prazo estabelecido, as reformas fiscais com as quais haviam se comprometido ante a UE", afirma um comunicado divulgado pelo Conselho da UE, que também adicionou Palau e Seychelles à lista.

Em dezembro de 2017, a UE adotou a primeira lista de paraísos fiscais em respostas a escândalos como o 'Panama Papers', que revelou a criação de empresas de fachada para evitar impostos em escala mundial.

Depois de compromissos assumidos pelo governo panamenho, a UE mudou o país para a "lista cinza", da qual saiu em março de 2019.

Mas agora o Panamá retorna à lista negra por não ter alcançado "pelo menos" a classificação de "conforme em grande medida" do Fórum Global sobre Transparência Fiscal da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos.

A decisão é um balde de água fria para o governo do presidente panamenho Laurentino Cortizo, que desde sua chegada ao poder, em julho do ano passado, tenta mudar a imagem de seu país.

tjc/zm/fp

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