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Sem Wall St, Ibovespa sobe com cena corporativa em foco; Carrefour Brasil sobe 5%

17/02/2020 11h11

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta segunda-feira, tendo a cena corporativa sob os holofotes, com Carrefour Brasil subindo 5% após anunciar a aquisição de lojas da rede Makro, e Magazine Luiza valorizando-se quase 3% depois de resultado trimestral.

A sessão também é marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações na primeira etapa, o que tende a melhorar o volume negociado, em pregão de menor liquidez, sem a referência de Wall Street por feriado nos Estados Unidos.

Às 11:05, o Ibovespa subia 0,36 %, a 114.797,06 pontos. O volume financeiro somava 3,7 bilhões de reais.

Do exterior, repercutia positivamente decisão do banco central da China de cortar juros sobre seus empréstimos de médio prazo, o que deve abrir caminho para uma redução na taxa primária de empréstimo (LPR), na quinta-feira.

A medida busca reduzir os custos e aliviar os apertos financeiros sobre empresas afetadas pela epidemia de um novo coronavírus no país, o que ajuda a aliviar preocupações com os efeitos do vírus na economia chinesa e seus reflexos globais.

"Após duas sessões de queda, o principal índice da bolsa brasileira é beneficiado pelo exterior", destacou a equipe da Elite Investimentos, atribuindo a melhora do humor no primeiro pregão da semana ao anúncio de estímulos pela China.

DESTAQUES

- CARREFOUR BRASIL ON avançava 5,08%, após anunciar no domingo a compra no Brasil de 30 lojas e 14 postos de combustíveis operados pelo Makro por um total máximo de 1,953 bilhão de reais. O Goldman Sachs considerou a aquisição estrategicamente positiva, citando entre outros fatores que permitirá ao Carrefour Brasil acelerar ainda mais o desenvolvimento de suas rede de atacarejo no Rio de Janeiro e Nordeste.

- MAGAZINE LUIZA ON subia 2,93%, uma vez que o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, um indicador do desempenho operacional da empresa, também conhecido como Ebitda, aumentou 41,2% no quarto trimestre ano a ano, para 499,1 milhões de reais. Analistas, em média, previam, Ebitda de 466 milhões de reais no período, conforme dados da Refinitiv. O lucro líquido ajustado somou 185,3 milhões de reais, queda de 0,5% ano a ano.

- VALE ON tinha alta de 2,14%, apoiada na alta dos preços do minério de ferro na China e tendo no radar que a mineradora Rio Tinto reduziu sua previsão de embarques de minério de ferro da região de Pilbara, na Austrália, como resultado da passagem do ciclone tropical Damien, que atingiu a costa oeste do país. No setor de mineração e siderurgia, CSN ON subia 1,18%.

- COSAN ON caía 3,26%, no primeiro pregão após reportar resultado trimestral, com forte queda no lucro ajustado, para 392 milhões de reais entre outubro e dezembro de 2019, ante 730,3 milhões de reais no mesmo período de 2018. O Ebitda ajustado somou 1,373 bilhão de reais, ante 1,485 bilhão de reais no quarto trimestre de 2018.

- PETROBRAS PN tinha acréscimo de 0,07%, em sessão de fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo. PETROBRAS ON tinha variação positiva de 0,25%.

- BRADESCO PN cedia 0,18% e ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,06%, em sessão de pequenas oscilações das ações de bancos listadas no Ibovespa, com SANTANDER BRASIL UNIT mostrando acréscimo de 0,37%, BANCO DO BRASIL ON tinha variação negativa de 0,06% e BTG PACTUAL UNIT trabalhava quase estável.

- GPA PN avançava 2,14%, após a B3 aprovar a admissão da empresa em sua categoria Novo Mercado. "A migração para o Novo Mercado reforça o compromisso do GPA com elevados padrões de governança corporativa, além de poder permitir ao GPA ampliar sua base de potenciais investidores", disse a empresa no comunicado na sexta-feira à noite.

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