Topo
Notícias

Centenas de norte-americanos voltaram para EUA após cruzeiro, 14 deles com coronavírus

17/02/2020 20h35

Por Stephen Lam e Stephanie Nebehay

BASE AÉREA DE TRAVIS, Estados Unidos/GENEBRA (Reuters) - Mais de 300 passageiros norte-americanos de um cruzeiro, 14 deles com o diagnóstico positivo de coronavírus, foram levados para bases militares nos Estados Unidos após duas semanas de quarentena na costa do Japão.

O navio de cruzeiro Diamond Princess, que com mais de 400 infectados pelo vírus é de longe o maior conjunto de casos fora da China, se tornou o maior teste até agora para a capacidade de outros países para conter a epidemia que tinha matado 1.772 pessoas na China e cinco fora do país até domingo.

Já na terça-feira (horário chinês), a comissão de saúde da província de Hubei, epicentro do surto na China, informou 93 mortes nesta segunda-feira e 1.807 novos casos.

Uma equipe terrestre com trajes anticontaminação recebeu o avião fretado que pousou na Base Conjunta em San Antonio, no estado do Texas, e os passageiros podiam ser vistos descendo as escadas e vestindo máscaras em meio à neblina antes do amanhecer. Um outro vôo aterrissou na Base Travis da Força Aérea, na Califórnia, horas antes.

Todos os passageiros passarão por um período de duas semanas de quarentena.

Embora autoridades dos Estados Unidos tenham dito que os passageiros com sintomas do coronavírus não seriam repatriados, 14 passageiros que foram diagnosticados positivamente com a doença de última hora tiveram permissão para embarcar.

O Departamento de Estado dos EUA afirmou que os passageiros contaminados foram expostos a outros passageiros por cerca de 40 minutos antes de serem isolados.

Na China continental o número total de casos de coronavírus cresceu em 2.051 para 70.635 casos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

Autoridades chinesas dizem que a desaceleração nos novos casos é um sinal de que as medidas tomadas para suspender a propagação do vírus estão fazendo efeito.

No entanto, epidemiologistas dizem que é provavelmente muito cedo para dizer o quão bem-sucedida tem sido a campanha de contenção do vírus na China e na província de Hubei, onde o vírus apareceu primeiramente.

"A questão real é se estamos vendo uma transmissão eficiente em comunidade fora da China e, no momento, não estamos observando isso", disse Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS.

Menos de 700 casos foram reportados em outros países e mesmo na China a epidemia está afetando uma "proporção de pessoas muito, muito, muito pequena", disse Ryan.

Notícias