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Moro sobre "Democracia em Vertigem": Visão deturpada e desserviço aos fatos

Adriano Machado/Reuters
Imagem: Adriano Machado/Reuters
do UOL

Do UOL, em São Paulo

15/02/2020 22h15

Resumo da notícia

  • Ministro da Justiça disse que assistiu ao documentário após indicação ao Oscar
  • Apesar das críticas, Moro disse que diretora deixou claro seu posicionamento político na obra
  • Ministro também defendeu a redução da maioridade penal para 16 anos em caso de crimes graves
  • Declarações foram dadas em entrevista ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)

O ministro da Justiça, Sergio Moro, disse que assistiu ao documentário "Democracia em Vertigem", da diretora Petra Costa, indicado ao Oscar 2020 de melhor documentário e que não levou a estatueta. Moro criticou a obra, que considera ser um "desserviço aos fatos" e uma "visão muito deturpada".

"Eu não tinha assistido. Quando houve essa indicação ao Oscar fui lá ver. Não mata ninguém [assistir]", afirmou o ministro. "Para um documentário eu acho que presta realmente um desserviço aos fatos porque é uma visão muito deturpada daqueles acontecimentos. O impeachment e a própria Lava Jato tiveram um maciço apoio da população brasileira."

As declarações foram dadas em entrevista ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), publicada neste sábado (15) no canal do parlamentar no Youtube.

"Democracia em Vertigem" é sobre as circunstâncias que levaram ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e sua indicação foi cercada de polêmicas em um cenário político polarizado no Brasil.

Antes das críticas, porém, Sergio Moro fez a ressalva de que a diretora mostra seu posicionamento político ao longo do documentário. "Pelo menos tem aquele começo que deixa claro onde a cineasta se posiciona", disse.

Moro ainda afirmou não ver ligação entre os principais fatos retratados na obra: o impeachment, a operação Lava Jato e a eleição do presidente Jair Bolsonaro.

"São fatos que não têm uma concatenação. A Lava Jato, juntamente com a questão do impeachment e a eleição do presidente Jair Bolsonaro. São movimentos que foram distintos"

Redução da maioridade penal

Na entrevista, o ministro da Justiça também voltou a dizer que é "simpático" à redução da maioridade penal para 16 anos em casos de crimes mais graves.

"Eu a princípio sou simpático à redução da maioridade para 16 [anos] para crimes gravíssimos", disse.

Há atualmente em tramitação no Senado PEC (Proposta de Emenda à Constiuição) propondo a redução em casos de crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.

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TV Folha

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