Pesquisa de vacina contra o HIV é suspensa após falta de resultados
O Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid) dos Estados Unidos anunciou hoje que uma pesquisa por uma vacina contra o HIV foi suspensa depois que um teste realizado não apresentou resultados positivos. O preparado vinha sendo avaliado na África do Sul, mas não se mostrou eficaz na prevenção de infecções pelo vírus da imunodeficiência humana, que causa a Aids.
Os testes começaram em 2016 e contaram com mais de 5,4 mil voluntários — homens e mulheres, sem HIV, sexualmente ativos, com idades entre 18 e 35 anos — em 14 locais da África do Sul, segundo o Niaid. Todos eles receberam aleatoriamente injeções de vacina ou placebo. Entre os dois grupos, as análises não mostraram diferenças significativas nas infeções subsequentes pelo HIV: os receptores da vacina contabilizaram 129 infecções por HIV, contra 123 dos receptores de placebo.
"Uma vacina contra o HIV é essencial para acabar com a pandemia global, e esperávamos que essa candidatura funcionasse. Infelizmente, não funcionou", disse Anthony Fauci, diretor do Niaid, em comunicado.
As informações foram divulgadas pelo site da CNN. Apesar da suspensão dos testes, Fauci informou que "a pesquisa continua sobre outras abordagens para uma vacina segura e eficaz contra o HIV, que ainda acredito que seja possível".
Por sua vez, a Global HIV Vaccine Enterprise, uma empresa que reúne financiadores e partes interessadas na busca por uma vacina contra o vírus da Aids, anunciou sua "profunda decepção" diante dos resultados negativos.
"Embora este seja um revés significativo para o campo, precisamos continuar a busca por uma vacina preventiva", declarou Linda-Gail Bekker, representante da Sociedade Internacional de Aids e presidente do conselho da Global HIV Vaccine Enterprise, em outro comunicado.
Segundo o Niaid, os voluntários da pesquisa estão sendo informados da interrupção do estudo. Os pesquisadores continuarão a acompanhar os participantes.
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