TEL AVIV, 29 JAN (ANSA) - O plano de paz para o Oriente Médio anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi rejeitado pelos palestinos e provocou uma série de protestos nas ruas de Gaza e uma greve geral nesta quarta-feira (29). Bandeiras israelenses e imagens do republicano e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assim como pneus foram queimados pelos manifestantes. Diversas lojas foram fechadas em protesto ao projeto. O grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, classificou a proposta de "agressiva" e "sem sentido" e começou a organizar uma manifestação para a próxima sexta-feira (31) na fronteira com Israel. Ontem (28), o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, conversou com o comandante do Hamas, Ismail Haniyeh, e ambos rejeitaram claramente o plano elaborado pelos Estados Unidos. Os dois ainda prometeram "união" contra o projeto. Segundo relatos, Abbas chamou Trump de "cachorro" e pediu resistência à anexação de territórios por parte do governo israelense. Os palestinos argumentam que o pacto apresentado pelo mandatário norte-americano anula as resoluções da ONU e favorece Netanyahu. Hoje, a Assembleia dos ordinários católicos da Terra Santa afirmou que o plano de paz do republicano "não confere dignidade e direitos aos palestinos" e "não traz uma solução, mas, pelo contrário, cria mais tensão e provavelmente mais violência e derramamento de sangue". A Liga Árabe, por sua vez, também condenou o acordo sustentando que se trata de "uma grande violação dos direitos dos palestinos". "Estudaremos minuciosamente a proposta americana e estamos abertos a todos os esforços a favor da paz". No entanto, "uma leitura preliminar revela uma consistente violação dos direito legítimos dos palestinos", afirmou o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit. O texto também foi criticado pelo presidente da Turquia, Recep Tayyp Erdogan. "Jerusalém é sagrada para os muçulmanos. O plano de Donald Trump de dar Jerusalém a Israel é absolutamente inaceitável". O documento de 80 páginas propõe que Jerusalém continue reconhecida como capital indivisível de Israel, além de ressaltar a necessidade de dois estados. O plano afirma que Jerusalém Oriental será considerada capital do Estado Palestino.
Para Abbas, nenhum direito dos palestinos está à venda e não é uma pechincha. (ANSA)
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