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iPhone volta a ter vendas robustas e deve continuar assim, dizem analistas

29/01/2020 13h36

(Reuters) - Analistas de Wall Street foram convencidos pelos dados da Apple que mostraram recuperação nas vendas do iPhone, após um ano de quedas. Tão convencidos que ignoraram um aumento menor do que o esperado na receita de serviços, atual motor do crescimento da empresa.

Pelo menos 15 corretoras elevaram o preço-alvo das ações da Apple nesta quarta-feira, com a DA Davidson definindo a ousada meta de 385 de dólares, bem acima da média atual de 325 dólares.

As ações da empresa subiam mais de 2% no início desta tarde, atingindo a máxima de 327 dólares no início do pregão e impulsionando a alta do S&P 500.

"Vemos o trimestre de dezembro de 2019 da Apple como um microcosmo para o desempenho de 2020, com o iPhone mais uma vez voltando ao centro", disse Tom Forte, analista da DA Davidson.

Forte atribuiu parte do salto nas vendas do iPhone às novas iniciativas de crédito da Apple, que permitem aos consumidores comprar o telefone e pagá-lo em prestações mensais sem juros.

Investidores se preocuparam com as perspectivas de crescimento a longo prazo da área de celulares da empresa, que foi afetada pelo aumento da concorrência de smartphones mais baratos de rivais como Samsung e Huawei.

O analista da Oppenheimer Rick Schafer argumentou que o lançamento de um iPhone com conexão 5G no final deste ano provavelmente estimulará mais a demanda.

As robustas vendas do iPhone durante o final do ano passado ajudaram a Apple a compensar a fraqueza na receita de serviços no primeiro trimestre fiscal de 2020, divulgada na terça-feira.

O negócio de serviços, que inclui o serviço de streaming Apple TV +, planos de armazenamento do iCloud e taxas pagas por desenvolvedores de aplicativos, cresceu consistentemente nos últimos dois anos, atingindo 12,7 bilhões de dólares em receita no trimestre.

Investidores ficaram entusiasmados com o setor de serviços porque acreditam que irá gerar lucro recorrente: os serviços são vendidos como uma assinatura cobrada a cada mês ou ano, com a maioria dos consumidores deixando-os em cobrança automática, enquanto um novo dispositivo costuma ser uma compra esporádica e sujeita ao comportamento do consumidor.

(Por Stephen Nellis em São Francisco, Estados Unidos, e Aakash Jagadeesh Babu em Bangalore, Índia)

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